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Unipê: estudantes acham reajuste “assalto” e podem recorrer ao MP

 Assalto. É dessa forma que grupo de estudantes do Unipê, uma das principais instituições de ensino superior da Paraíba, classificou o reajuste de 9,45% dado pela direção da universidade sobre às mensalidades. Os estudantes realizam mais uma assembléia nesta terça-feira e ameaçam levar o reajuste para o Procon e para o Ministério Público.

“Os aumentos anuais vinham sendo dados dentro de um limite razoável, mas este ano o reajuste ficou acima de todos os índices inflacionários possíveis”, destacou Jair Soares, estudante de Direito e um dos coordenadores do movimento pela redução dos valores das mensalidades.

No último dia 19, os estudantes discutiram o assunto e decidiram tomar algumas providências caso o reajuste não seja reduzido. Entre elas, acionar o Ministério Público para conseguirem na Justiça a redução, tomar o prédio da Reitoria e, especialmente, boicotar o pagamento das mensalidades.

Com o reajuste, um estudante de Direito, por exemplo, passou a pagar R$ 625 por mês pelo curso. Em 2007, a mensalidade ficava abaixo de R$ 535. Eles pretendem levar o assunto para a Câmara Municipal de João Pessoa, onde o vereador Marcus Vinícius (PSDB) pedirá uma sessão especial para debater o reajuste.

Ele pretende convocar representantes do Procon Estadual, associações de estudantes e ainda os Curadores do Cidadão e de Consumidor, bem como os diretórios acadêmicos e o próprio reitor do Unipê, Loureiro Lopes.

“Tá com a gota, reitor!”


Em panfleto distribuído no Unipê, estudantes revelam a revolta pelas mensalidades. “Exigimos da Reitoria esclarecimentos sérios sobre esse ASSALTO aos nossos bolsos, pois não podemos admitir que enquanto outras instituições educacionais mantêm o preço, e até reduzem a mensalidade, o Unipê impõe um reajuste exorbitante a todos nós, superando índices inflacionários”, diz o panfleto.

O material, distribuído entre os estudantes, é aberto com o título: “Tá com a gota, reitor. 9,45% é para se lascar!!”. Segundo Jair Soares, o problema é que o Unipê procura fazer com que os estudantes matriculados arquem com o déficit deixado pelos cursos que não são muito procurados.

Ele reclamou ainda que a instituição possui muitas carências pessoais e físicas. “Todos os estudantes da Unipê conhecem pelo menos um problema, seja a falta de acervo pela biblioteca, a grande quantidade de aulas vagas por ausência de professor, a falta de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, as péssimas condições das lanchonetes, a falta de planejamento para entrada e saída de veículos, sem falar no estacionamento que carece de melhor organização, entre tantos outros problemas com os quais convivemos no dia-a-dia”, destacou.

Com o reajuste, um estudante de Direito paga R$ 625 por mês pelo curso. Em 2007, a mensalidade ficava abaixo de R$ 535.

Presidente do Diretório Acadêmico de Enfermagem, a estudante Milca Rodrigues, ligada ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), disse que a entidade apóia o movimento pela redução do reajuste, mas não vê que a instituição não corresponde aos anseios da classe estudantil.

Ela lembrou que todos os anos a direção do UNIPÊ apresenta para o DCE a planilha com a previsão de reajuste. “E todos os anos brigamos para que seja o menor reajuste possível”, completou. Segundo ela, a instituição alegou aumento nos salários dos professores e novas contratações para aplicar os reajustes.
Milca Rodrigues declarou que o DCE apóia o movimento, mas que ele seja feito dentro da ordem.

PB Agora

 

Clique aqui e confira o manifesto dos estudantes na íntegra 

 

PB Agora

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