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Reitora da UEPB se reúne com Comitê de Solidariedade

 

Compromisso voluntário, experiência gratificante, difícil realidade, sensação de dever cumprido. Estas foram algumas das palavras repetidas nesta segunda-feira (12), durante uma reunião que houve entre a reitora da UEPB, professora Marlene Alves, e a primeira delegação enviada à cidade Palmares (PE), pelo recém criado Comitê de Solidariedade da Universidade Estadual da Paraíba.

Na oportunidade, sediada na Sala dos Conselhos da UEPB, estavam presentes vários alunos e professores da primeira delegação, além de professores e gestores da Universidade que tornaram esta logística possível, a exemplo das representantes das pró-reitorias de Administração e Finanças, Célia Regina Diniz e Ronilda Braga, entre outros.

A reitora parabenizou a turma e reiterou o ineditismo e o excelente trabalho da UEPB neste processo. Feliz pelas atividades efetuadas pelo Comitê, Marlene ouviu atentamente os depoimentos dos participantes e o relatório desenvolvido pelas professoras Eliane Nogueira, coordenadora da missão, e Railda Fernandes – oriundas dos departamentos de Enfermagem e Psicologia, respectivamente.

“Ao deixarmos o abrigo, todos choraram. Foi uma grande emoção. Acreditamos que localmente a ação foi feita e percebemos que pelo menos um pouco pôde ser modificado. Num dos abrigos onde estivemos, por exemplo, havia uma circunstância muito delicada no primeiro dia. Mas, ao sairmos de lá, o panorama visto era outro, mais positivo, saudável e otimista. Não sei se isso permanecerá, mas queremos acreditar que sim”, relatou Railda.

“Estávamos na última semana de aulas e houve alunos que adiaram suas provas para se engajar na equipe. Isso é espírito voluntário. Devemos louvar estes estudantes”, afirmou a professora Eliane.

Tendo em vista as atividades efetuadas pela delegação da UEPB em Palmares – a exemplo da assistência prestada a sete alojamentos, equipes multidisciplinares presentes em abrigos, campanhas de vacinação, distribuição de alimentos, interatividade, escuta psicológica e dinâmicas, entre outras – o pensamento do grupo era unânime no que se refere à experiência vivida em Palmares: a semente da solidariedade foi bem plantada na região.

Experiências ricas em uma equipe multidisciplinar

O aluno de Educação Física da UEPB, Renan Siqueira, deu seu depoimento focando a importância do caráter multidisciplinar da equipe e do apoio mútuo observado entre os voluntários da UEPB. “Nas brincadeiras com as crianças, especialmente a de desenho, víamos que eles representavam sentimentos nas folhas de papel. Aí veio a interação com os estudantes de Psicologia, que tinham a possibilidade de interpretar aquele comportamento e se aproximar ainda mais delas”, disse Renan.

A estudante de Psicologia da UEPB, Lorena Bandeira, reforçou as palavras do colega. “Até os educadores físicos desenvolverem esta brincadeira, eu estava com dificuldades de chegar às crianças. Após a interação, foi bem mais fácil se aproximar e pude ter experiências com todas as faixas etárias”, relatou Lorena, que realizou assistência a idosos e escuta psicológica com adultos.

Sobre a equipe multidisciplinar, a professora Eliane destacou: “Em situações como esta, diferentes conhecimentos e abordagens são extremamente necessárias. Precisamos de tais profissionais para convencer uma criança a tomar vacina, por exemplo, e para lidar com diferentes emoções e indivíduos”, disse a coordenadora da delegação.

O estudante de Educação Física da UEPB, Paulo Wesley, que também é bombeiro, afirmou em seu depoimento o quanto a experiência lhe tocou, especialmente depois de oito anos na profissão, que muitas vezes lida com catástrofes e desencadeia um comportamento de distanciamento. “Queria que meus colegas sentissem o que eu senti nesta missão. Com o passar do tempo, acabamos perdendo a sensibilidade ao lidar com tragédias, mas esse contato mudou isso”, disse o participante.

Reflexões para o presente e o futuro

O ouvidor da UEPB e atual coordenador do Comitê de Solidariedade da Instituição, professor Jomar Ricardo, revelou ter certeza que os participantes da empreitada não voltaram os mesmos. “Desejo que a Universidade esteja sempre a serviço da população, como esteve neste momento, e que este ato solidário do Comitê se torne parte da política institucional”, disse.

O chefe de gabinete da Reitoria, José Benjamim, endossou as palavras de Jomar. Ele explanou que o olhar preocupado e cuidadoso da UEPB também está centrado em fomentar atitudes que possam amenizar as injustiças sociais. Ele ressaltou que o Comitê não foi criado para ser eventual. “Não queremos esperar a tragédia para fazer algo, devemos também refletir sobre nossas ações e quem sabe até nos antecipar à catástrofe, e não esperar por ela”, disse o professor.
O pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Junior, afirmou que também é papel da Instituição formar indivíduos sensíveis, dispostos a ajudar, irmanados do sentimento de humanidade e solidariedade.

A reitora Marlene Alves encerrou a reunião deixando seu desejo de permanência do Comitê de Solidariedade e da reflexão da experiência. “Porque queremos a UEPB formando não só o melhor profissional, mas a melhor pessoa”, concluiu a professora.
 

 

Redação com Assessoria

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