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Reitor da UFCG diz que curso de Medicina não será fechado na região

 

O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz, assegurou, nesta última terça-feira (27), durante a reunião do Conselho Pleno da instituição, que o curso de Medicina do campus de Cajazeiras não será impugnado pelas razões apresentadas no parecer da Secretaria de Educação Superior do MEC.

Segundo o reitor, que fez questão de tranqüilizar toda a comunidade acadêmica e sociedade civil de Cajazeiras quanto ao problema, os dados utilizados pela referida Secretaria não refletem a realidade do campus e muito menos as atividades do curso, avaliado como satisfatório pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em junho deste ano, quando o Instituto também lhe atribuiu Conceito 3.

“É preocupante a insegurança que provoca na comunidade acadêmica e na população sertaneja a possibilidade de impugnação do curso. Mas podemos assegurar que o curso não sofrerá qualquer interferência no seu andamento nem virá a ser fechado”, disse Thompson, explicando que as informações levadas em consideração pelo MEC foram as do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em relatório realizado no começo do ano passado.

“Essas informações estão defasadas. No quesito corpo docente, por exemplo, o curso de Medicina tinha, no ano passado, 33 professores. Hoje, são 57”, disse o reitor, lembrando que a liberação de concursos e autorização de contratação era de competência do próprio MEC, até o ano passado.

O relatório da Secretaria de Educação Superior do MEC surpreendeu toda comunidade acadêmica do campus de Cajazeiras, que diante da satisfatória avaliação do Inep, parece não acreditar no que lhe foi apresentado. “O parecer do Conselho Nacional de Saúde é antigo e não poderia servir de base para o parecer da Secretaria. Já a Comissão do Inep, que verificou nossas instalações e demais requisitos in loco há menos de dois meses e confeccionou relatório a respeito, foi capaz de comprovar nossa capacidade para o funcionamento do curso”, argumenta Cezário de Almeida, diretor do Centro de Formação de Professores (CFP) do campus de Cajazeiras. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) do MEC varia de 1 a 5.

Já o diretor-geral do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), Antônio Fernandes Filho, que também é professor do curso de Medicina, afirma que os avanços no atendimento das recomendações do próprio Ministério, apresentadas à comissão do Inep em junho deste ano, como por exemplo, a adequação do HRC em hospital-escola, são posteriores ao relatório do CNS.

“No relatório do Conselho Nacional de Saúde, o HRC possui apenas 62 leitos, quando na realidade hoje existem 150 leitos. O Hospital Infantil tem mais 40 e ainda existe uma autorização da Secretaria de Saúde para aumento do número de leitos do Hospital Geral para 200 leitos”, alega o diretor.

Ainda segundo ele, a esses dados desatualizados, ainda podem ser acrescentados o incremento na alocação de recursos, por parte do governo estadual de R$ 100 mil para R$ 500 mil mensais, e a implantação de três programas de residência médica e mais duas propostas de criação, que já foram encaminhadas.

 

 

 

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