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RC cria comissão para negociar, mas 300 mil alunos ficam sem aula

Uma paralisação dos professores vai deixar a partir desta quarta-feira (30) cerca de 300 mil estudantes da rede estadual sem aulas. Apesar de uma reunião com o governador Ricardo Coutinho (PSB), os professores resolveram cruzar os braços.

A classe reivindica melhorias nas condições de trabalho, pagamento do piso nacional, retorno de gratificações e o cumprimento das ascensões previsto no Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR).

O governador Ricardo Coutinho recebeu, na tarde desta terça-feira (29), na Granja Santana, a diretoria da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP-PB). Na pauta do encontro, as propostas de revisão dos planos de progressão e melhorias salariais. Estiveram presentes representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) e secretários de Estado.

Durante a reunião, ficou definido que será publicada no Diário Oficial do Estado a criação da comissão para estudar os parâmetros das progressões salariais. O governador Ricardo Coutinho reafirmou o esforço do Estado para instituir uma Data Base em janeiro com olhar diferenciado para algumas categorias, como o magistério e a segurança pública. “Ao magistério concedemos um reajuste médio de 10%, através da recomposição da tabela, atendendo demanda da categoria, pagando o piso nacional e incluindo o 14º e em alguns casos o 15º salário com os programas Mestres da Educação e Escola de valor”, lembrou.

O presidente da APLP, Francisco Fernandes, afirmou que a reunião foi importante para a abertura de um diálogo sobre as progressões salariais e os níveis da categoria. “Defendemos uma progressão salarial por titulação como forma de estimular a qualificação dos professores. Estamos dando os primeiros passos e temos tempo para dialogar e avançar. Sem o diálogo não chegaremos a lugar nenhum”, comentou.

Francisco Fernandes reconheceu avanços na educação com a convocação de concursados, a instituição de uma data base e do 14º e 15º salários que considerou serem ótimos mecanismos para estimular o professor. “Dentro da associação orientamos todos os docentes a inscreverem seus trabalhos. É um estímulo para a pesquisa, a elaboração de projetos que inserem os alunos na prática acadêmica”, observou.

A secretária de Educação do Estado, Márcia Lucena, avaliou a reunião com os professores como positiva e esclarecedora com a colocação na mesa das propostas da categoria e a realidade financeira do Estado. “Estamos formando uma comissão bastante representativa para estudarmos as progressões salariais e pretendemos, já na próxima semana, nos reunirmos novamente com a categoria”, informou a secretária.

Participaram da audiência os diretores da APLP, Francisco Fernandes, Bartolomeu Pontes, Lúcio Barbosa e Fernando Lira; e as secretárias de Administração, Livânia Farias, e de Educação, Márcia Lucena.



Redação com Ascom

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