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Instituições de ensino federal da PB apesar de cortes nos orçamentos se destacam no ranking de patentes

As instituições de ensino superior com sede na Paraíba da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), apesar de já terem reagido, à decisão do Governo Federal de realizar um corte linear de quase 20% nos orçamentos de 2021 de universidades e institutos federais de todo o país. Elas (UFPB e UFCG) tiveram uma importante conquista nesta semana, quando alcançaram novamente a liderança nacional em depósito de patentes, referente ao ano de 2019.

De acordo com o Ranking dos Depositantes Residentes de Patentes de Invenção, promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e divulgado nesta semana, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) alcançaram, no ano passado, o primeiro e segundo lugares, respectivamente. Além destas, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) entrou pela primeira vez na lista, em 48º lugar.

Segundo o levantamento o Estado permaneceu no topo da classificação, com a UFPB alcançando 100 pedidos de patentes em 2019, seis a mais do que em 2018. Isto significa uma participação de 1,8% no total de residentes e registra o segundo ano consecutivo em que a federal paraibana é destaque no ranking. Em 2018 a UFPB subiu da 4° para a 1° posição. Naquele ano, a entidade assumia o topo dos maiores depositantes nacionais de patentes de invenção, com 94 pedidos, seguida pela Universidade Federal de Campina Grande (82 pedidos) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (62).

Segundo o presidente da Agência de Inovação Tecnológica da UFPB (Inova), Petrônio Athayde Filho, a Diretoria de Propriedade Intelectual da Inova dedicou consideráveis esforços tanto na captação das novas tecnologias criadas pelos pesquisadores da universidade, como na promoção de trabalho em termos de correções, análises, revisões, redações e depósitos dos pedidos de patentes. Para ele, este resultado é reflexo de um trabalho cujo objetivo é a inovação tecnológica das pesquisas da UFPB. Além disso, ele acredita que estes estudos contribuirão para o desenvolvimento local, regional e nacional. Os 100 depósitos de patentes da UFPB em 2019 serão laureados, na cerimônia da Premiação de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros, realizada pela instituição e com data ainda a ser divulgada.

Assim como na UFPB a UFCG teve um grande destaque com 90 pedidos de patentes, oito a mais do que no ano anterior, além de 1,7% de participação no total de residentes. O assessor de Propriedade Intelectual do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFCG (NITT/ UFCG) e um dos representantes da Diretoria Geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (Fundação PaqTcPB), Nilton Silva afirmou que o registro de uma patente é um registro de uma tecnologia criada que mostra que a instituição vem gerando inovações nas várias áreas do conhecimento, como: engenheira elétrica, computação, química, materiais, mecânica, civil, alimentos, nutrição, entre outras.

Cortes nos orçamento – Recentemente representantes da UFPB, UFCG e IFPB foram unânimes em dizer que os cortes devem afetar o ensino e a pesquisas no próximo ano. Os cortes são de 18,2% e devem acarretar numa redução superior a R$ 1 bilhão em todo o território nacional.

O primeiro a se manifestar no estado foi o vice-reitor e secretário de Planejamento da UFCG, Camilo Farias, ao declarar que o valor afeta os chamados recursos discricionários em três áreas principais: assistência estudantil, manutenção e funcionamento da instituição, e recursos aplicados em patrimônio. “Ainda vamos nos reunir para saber como vamos sobreviver a esse corte que compromete quase 20% do ano”, lamentou o vice-reitor.

Camilo lembrou que em 2019 já houve o contingenciamento de valores, mas que pouco a pouco a verba acabou sendo liberada. Agora, no entanto, o corte é no orçamento em si e não se trata de mero bloqueio.

Uma preocupação adicional é com relação à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Camilo Farias explicou que, em um eventual retorno das aulas presenciais em 2021, vai ser preciso adotar um protocolo de biossegurança que é caro. Mas que, apesar disso, deverá ser aplicado mesmo com corte orçamentário.

Redação

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