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EUA negam visto a estudantes brasileiros

EUA negam visto a estudantes de universidades federais do Brasil

Um grupo de universitários não vai poder viajar aos Estados Unidos para participar de um intercâmbio de trabalho de verão. O visto foi negado pelo consulado do país porque eles estudam em instituições federais e a temporada no exterior – de dezembro a fevereiro de 2013 – coincidirá com a reposição de aulas perdidas na greve dos professores, que durou quatro meses.

Os estudantes já haviam sido selecionados pelas empresas americanas onde iriam trabalhar, entre elas a Disney. Os jovens estimam que cerca de 300 estudantes foram prejudicados. Com viagem prevista para novembro, eles só foram informados na sexta-feira pelas agências de intercâmbio sobre a negativa do visto que permite o trabalho temporário nos EUA.

“Nosso visto foi vetado. Nem pudemos entrar com a papelada para solicitar o documento”, afirma a aluna de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Gabriela Corrêa, de 24 anos, que trabalharia no parque da Disney em Orlando. Segundo ela, cerca de 80 colegas estão negociando com professores a antecipação de provas.

A estudante de Produção Cultural na Federal Fluminense (UFF) Rafaella Britto, de 20, diz que investiu R$ 5 mil em passagens, seguro e outros gastos para viajar a Belo Horizonte, onde ocorreu parte da seleção. Ela ajudou a criar uma página no Facebook para denunciar o caso. “Quase 1,3 mil pessoas já curtiram e 4,5 mil participaram do nosso abaixo-assinado”, conta a carioca, que também trabalharia na Disney. “Tenho chorado muito, é muito triste esta situação.”

Em nota, a embaixada dos Estados Unidos informou que um dos pré-requisitos para que um aluno participe do programa é que ele complete o ano letivo antes de viajar. “Por causa da greve dos professores, isso não será possível”, diz o texto. Segundo o órgão, o intercâmbio não pode interferir nos estudos. “Estamos tão frustrados quanto vocês e esperamos que esse incidente não os desmotive a participar do processo nos próximos anos.”

A STB, uma das agências responsáveis pelo intercâmbio, afirmou que desde o início da greve das federais, em maio, pressionava o consulado americano em São Paulo a se posicionar sobre a situação dos estudantes. Segundo a empresa, a decisão do órgão “extrapola sua esfera de atuação” e, por isso, seguirá a determinação. De acordo com a STB, os clientes sabiam que, com a paralisação das faculdades e uma possível mudança no calendário de aulas, a participação no programa poderia ser reavaliada. Eles poderão adiar a viagem para o próximo ano por US$ 150 ou reembolsar o valor das passagens e do seguro médico.

Parte dos estudantes, porém, não poderá participar dos programas no ano que vem. Eles colarão grau e não estarão mais apto a se inscrever. É o caso da aluna de Administração da UFF Milliane Lima, de 21. “Tinha acabado de rescindir o contrato de estágio numa multinacional para ir trabalhar no Hard Rock Café do Havaí. Estou decepcionada”, afirma.

O Ministério da Educação diz que cabe a cada universidade definir o atendimento a esses alunos. Os estudantes da UFF, por exemplo, devem protocolar uma carta pedindo o apoio da reitoria para resolver a situação.

Estadao

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