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CRIA: Paraíba implanta Programa de Educação Integral para o Ensino Fundamental 

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Capitulina Sátyro, no bairro do João Agripino e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Capistrano de Abreu, no bairro Costa e Silva, ambas em João Pessoa, integram o projeto piloto do Programa de Educação Integral para o Ensino Fundamental. Neste ano, as escolas passaram a ser chamadas de Centro de Referência em Inovação da Aprendizagem (CRIA).

O CRIA é direcionado para anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5 º ano. Propõe sair da rotina de sala de aula e promover ensinamentos baseados na realidade da criança com ensino em tempo integral. São ações que incentivam o aprendizado, a criatividade, e a interação dos alunos com trabalho em equipe. Com essa metodologia, o ambiente escolar se torna mais atraente, proporcionando melhor entendimento do assunto e alfabetizando os alunos na idade certa. Os alunos também têm aulas de Educação Física e Inglês, duas vezes por semana, que não estão entre as disciplinas do 1º ao 5º ano, nas escolas regulares de ensino fundamental.

Criado por professores efetivos da rede estadual, o programa foi elaborado considerando experiências positivas na Rede, como as Escolas Cidadãs Integrais e o Gira Mundo Professores Finlândia. Assim, foram escolhidas as setes competências do Currículo Nacional Finlandês, pois estão em consonância com a missão do Ensino Básico no Brasil, além de inspirado no sistema canadense de educação; e a metodologia das Integrais, baseada na autonomia e no protagonismo juvenil, que coloca o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, buscando desenvolver cidadãos críticos, solidários e autônomos.

O projeto piloto implantado nas duas escolas será expandido em 2020. A Rede Estadual da Paraíba tem 153 escolas com ensino integral. Dessas, 61 são de ensino fundamental, do 6º ao 9º ano. 

Metodologia – A metodologia de ensino do CRIA é inspirada no método de ensino das escolas da Finlândia. As aulas são diferenciadas, de forma interdisciplinar, por meio do uso de ferramentas com metodologias ativas, Ensino Prático Inovado Integrado a Projetos (EPIIP), Designer em Tecnologia, além disso, o intuito é tornar a escola bilíngue no terceiro ano de atuação do Programa na escola com aulas de Inglês. Todos esses métodos são focados no estudante. O professor deve observar, ouvir a criança, buscar os seus interesses para depois propiciar estímulos que ampliem, diversifiquem o seu repertório cultural de conhecimentos de si e do mundo em que vive.

A estrutura escolar dos Centros Capistrano de Abreu e Capitulina Sátyro oferece um ambiente lúdico, com salas temáticas, jogos educativos e livros espalhados pelos corredores da escola, dando ao aluno livre acesso à leitura e brincadeiras.

O acolhimento é um novo formato de recepcionar os alunos e pais no início das aulas por meio de socialização e brincadeiras. O programa também oferece reforço escolar para as crianças.
Formações – Segundo o coordenador do núcleo de Ensino Prático Inovador Integrado a Projetos (EPIIP), professor Paulo Henrique Nascimento, a equipe escolar passa por uma formação durante o ano de implantação, realizada em dois encontros semanais. Nesses encontros, os docentes têm aulas de inglês, Ensino Prático Inovador Integrado a Projetos, com o ensino de metodologias ativas e Designer de Tecnologia.

“A formação tem o objetivo de oferecer aos professores vivências em tecnologia, processos gerenciais, processos de produção, fazendo com que elas tenham suporte para inclusão social e digital. O intuito é desenvolver nos discentes, através do recurso digital, a curiosidade pela ciência, matemática, e outras disciplinas, para construir suas opiniões baseadas em fatos que ele mesmo aprendeu e pesquisou, tornando cada estudante autônomo e pesquisador mirim”, explicou.

A carga horária dos professores do CRIA é de 40 horas semanais dividida em: 28 horas semanais em sala de aula, inclusive em atividades multidisciplinares; 12 semanais dedicadas a Estudos, Planejamentos (individual e formativo) e Atendimento (EPA), que são realizadas no ambiente escolar ou em atividades pedagógicas propostas pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia ou pela escola em ambientes didáticos.

CRIA Capitulina Sátyro – O cotidiano no CRIA Capitulina Sátyro é inovador. O acolhimento é realizado com abraços, músicas, interações e brincadeiras. A escola tem 100 alunos matriculados divididos em cinco salas de aula e oferece aula de reforço escolar, além das aulas interdisciplinares.

Os professores darão início ao projeto: ‘Educação Financeira’, estimulando os alunos a desenvolverem atitudes proativas e conscientes, que permitam às pessoas identificarem um melhor posicionamento com relação aos seus recursos. O projeto será trabalhando dentro da sala de aula de forma interdisciplinar, promovendo vivências pedagógicas, através do entendimento do aluno sobre dinheiro em seu cotidiano.
Segundo a gestora, Mayara Gouveia, o CRIA chegou na escola há dois meses e já colhe os resultados. “A dinâmica e as brincadeiras no início das aulas tornam o ambiente escolar prazeroso. Os alunos estão mais assíduos na escola, mais disciplinados e interessados nas aulas”, ressaltou.

A estudante Marília Soares Santana, de sete anos, aluna do 2º ano, gosta de estar na escola. “Gosto de escrever, pintar e desenhar. A professora me recebe com um abraço. Fico muito feliz quando minha mãe me acorda para ir à escola”, contou.

CRIA Capistrano de Abreu – O CRIA Capistrano de Abreu tem 97 alunos matriculados e lá eles realizam o projeto ‘O Mundo Encantado do Conhecimento da Higiene Pessoal, para cuidar de si e do próximo’. Os alunos são incentivados a pesquisem sobre material de higiene, preços, os mais usados e para que serve cada um.

Para gestora da escola, Regina Liosa, a principal diferença que houve com a implantação do Programa foi a formação da equipe escolar. “Ter um espaço, um tempo de planejar as aulas e conversar sobre os alunos é muito importante. Com essa preparação, conseguimos ver a diferença no aluno. O foco é o aluno, a partir do conhecimento dele, trabalhamos os conteúdos”, observou.

Ao chegar na escola pela manhã, a estudante Ana Carla Lopes do 5º ano da Escola Capistrano de Abreu participa do acolhimento com os colegas. “A gente faz uma roda de conversa, na segunda-feira falamos sobre o fim semana e nos outros dias a gente faz algumas brincadeiras e dinâmicas. Depois fazemos atividades, temos uma pausa para o lanche. Gosto muito da escola, venho animada, meus pais sempre me parabenizam pela minha dedicação na escola”, destacou.

Jennifer Karolyne dos Santos, do 4º ano, acorda motivada para a aula. “ Acordo sozinha porque gosto bastante de aprender, vejo meus amigos e professores. A matéria que mais gosto é matemática, porque somando, através dos jogos, aprendo maneiras para resolver os problemas mais rápido”, disse.

 


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