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Alunos do IFPB desenvolvem projeto para combater o bullying

Ao percorrer os corredores do IFPB-campus João Pessoa você com certeza já viu cartazes com mensagens do tipo:  “Não seja tão duro consigo”, “Vai dar tudo certo”, “Você tem seu valor”. A ação faz parte de um projeto desenvolvido por alunos com o objetivo de combater o bullying e espalhar frases otimistas. “O intuito também é levar mensagens boas para as pessoas que  se sentem sob pressão em relação à escola, professores, notas ou problemas em casa”, acrescentou Alanny Soares, estudante do 2° ano de Gestão Ambiental.

 

A iniciativa partiu de Luciano Pereira, concluinte do curso Técnico de Eletrotécnica, que foi vítima de bullying há alguns anos, quando fotos dele foram expostas em um aplicativo de mensagens. Os meses de ansiedade e isolamento despertaram no aluno a vontade de ajudar pessoas que passavam pelo mesmo ou até evitar outras agressões. O projeto deu certo e, em pouco tempo, saiu do mundo físico para o virtual. Atualmente, a página Empatia IFPB no Instagram tem mais de 1800 seguidores.

 

Bullying é um termo da língua inglesa que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa. Os autores das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes a famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário.

 

Fan Clemente, estudante do curso de Tecnologia em Sistemas para Internet, passou por isso na infância. Ele sofreu com piadas, trocadilhos pejorativos e até agressões por conta do seu nome. “Quando vi as mensagens nos corredores eu pensei: era isso que faltava na minha época. Se você pratica empatia, você vai acabar contagiando o próximo com positividade e, assim, você cria uma corrente do bem”.

 

Além de Alanny, Luciano e Fan, o Empatia IFPB tem mais 11 integrantes. O grupo dedica um tempo para ouvir o outro e auxilia o trabalho dos psicólogos, encaminhando aquelas pessoas que precisam de ajuda profissional. “O estimulo à empatia começa aqui na escola, isso muda o nosso comportamento com a família, quando vai para o mercado de trabalho, você começa a se colocar melhor no lugar do próximo e tenta evitar de magoar as pessoas”, ressaltou Gabrielly Mayara, estudante de Instrumento Musical.

 

A psicóloga Vanessa de Souza reconhece que a preocupação com o bem coletivo no espaço escolar é um ato de cuidado com a saúde mental dos estudantes e de toda comunidade. “Estamos vivenciando um cenário de crescimento do número de jovens em situação de adoecimento psíquico. O IFPB-Campus João Pessoa é um espaço de aprendizagens, convivências e também de pressões. Eles me comprovaram que com muito amor é possível desenvolver ações eficientes com uso de pouco tempo e material”.

 

O aluno Luciano pretende levar o projeto para outros campi do IFPB, porque acredita que uma instituição de ensino não é um lugar onde se aprende somente conteúdos didáticos, mas também sobre respeito ao outro, amor e afetividade. “A gente nasce como uma folha em branco, sem religião, sem ideologias. Acredito que a moral é construída e a empatia tem que ser estimulada na escola para que a sociedade cresça de forma saudável”, finalizou.

 

Redação

 


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