A zona do euro registrou em 2008 o maior déficit comercial de sua história, de 32,1 bilhões de euros (US$ 40,5 bilhões), segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Eurostat, a agência europeia de estatísticas.
Em 2007, a balança comercial da zona do euro havia registrado um excedente de 15,88 bilhões de euros (US$ 20 bilhões).
O dado sinaliza a gravidade da situação em que se encontra a economia da zona do euro. Na semana passada, a Eurostat informou que a economia do bloco de países que utiliza a moeda comum europeia teve uma queda recorde no quarto trimestre, de 1,5%, aprofundando a recessão em que está. Na União Europeia (UE) como um todo também houve uma queda de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto), lançando essa região em recessão.
No acumulado de 2008, a economia da UE conseguiu registrar um pequeno avanço de 0,9%; na zona do euro, o crescimento de 2008 como um todo foi de 0,7%.
Segundo a agência, a queda na economia da zona do euro se deveu ao recuo no volume de comércio, devido à crise econômica global. Com a queda na demanda, as economias europeias viram cair suas exportações, o que afetou o crescimento.
A zona do euro já havia registrado contrações de 0,2% no segundo e no terceiro trimestres de 2008. O dado de hoje veio apenas confirmar que a região vem sofrendo um impacto acentuado da crise econômica.
Também na semana passada, a Eurostat informou que a produção industrial na região teve uma queda de 12% no ano passado, a maior já registrada no grupo de países que utiliza a moeda comum europeia. Em dezembro, a produção caiu 2,6% em relação a novembro.
A zona do euro é formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta e Portugal. A União Europeia inclui, além destes, Bulgária, Dinamarca, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Polônia, Hungria, Romênia, Estônia, Lituânia e Letônia.
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