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Tesouro emite mais R$ 36 bilhões para o BNDES e concluiu sua capitalização

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (23) que foram emitidos mais R$ 36 bilhões em títulos públicos, no mês de agosto, para capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com a emissão de títulos para o BNDES, houve impacto na dívida pública, que avançou 3,63% no mês passado, para R$ 1,5 trilhão. Em julho, a dívida total estava em R$ 1,45 trilhão.

Capitalização e impacto na dívida

Essa foi quarta emissão de títulos públicos para capitalizar o BNDES e, com isso, foi concluída a capitalização de R$ 100 bilhões da instituição financeira, anunciada em janeiro deste ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A primeira parcela de capitalização, de R$ 13 bilhões, foi feita em março e, a segunda operação, no valor de R$ 26 bilhões, foi feita em junho deste ano. Em julho, foram emitidos mais R$ 25 bilhões para o banco público e, em agosto, conforme informou o Tesouro nesta quarta-feira (23), mais R$ 36 bilhões em títulos públicos foram emitidos para a instituição financeira.

 

"Totalizamos a emissão dos R$ 100 bilhões previstos [para o BNDES]. Para que se realizem quaisquer novas emissões, seria necessária a publicação de uma nova Medida Provisória. No momento, não há previsão de novas emissões para o BNDES neste ano", afirmou Fernando Garrido, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional.

 

Com a capitalização do BNDES, a expectativa do Tesouro, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado no início deste ano, é que a dívida pública fique entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,6 trilhão no fim de 2009. No fechamento de 2008, a dívida pública federal estava em R$ 1,39 trilhão.

Dívidas interna e externa

De acordo com o governo, a dívida pública interna avançou 3,79% no mês passado, para R$ 1,4 trilhão, contra R$ 1,34 trilhão em julho. A elevação da dívida interna de julho para agosto se deve à emissão líquida (acima dos resgates) de R$ 40,2 bilhões (sendo R$ 36 bilhões para a captalização do BNDES), além da despesa com juros de R$ 10,8 bilhões.

Ao mesmo tempo, a dívida externa subiu 1,65% em agosto, para R$ 108,9 bilhões, contra R$ 107,2 bilhões em julho deste ano. O Tesouro Nacional informou que o aumento da dívida externa no último mês se deve à emissão de global bonds, no valor de R$ 1,05 bilhão (mais de US$ 500 milhões), além da queda do dólar.

Composição da dívida

Em agosto deste ano, ainda segundo o Tesouro Nacional, dívida pública interna atrelada à variação da taxa básica de juros, a Selic – após a contabilização dos contratos de swap emitidos pelo Banco Central – subiu para R$ 545 bilhões (ou 38,9% do total). Em julho, o patamar da dívida pós-fixada estava em R$ 537,9 bilhões, ou 39,8% do total.

Em agosto, a dívida prefixada, isto é, cuja correção é determinada no momento do leilão, subiu para R$ 438 bilhões, ou 31,2% do total, contra R$ 405,7 bilhões (ou 30% do total), em junho deste ano. A maior parte da emissão (48%) dos R$ 36 bilhões para o BNDES, feita em agosto, foi em títulos prefixados.

Já a parcela da dívida atrelada à índices de preços (inflação) somou R$ 389 bilhões em agosto, ou 27,83% de toda dívida, contra R$ 376 bilhões, ou 27,88% do total, em julho deste ano.

 

 

 

G1

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