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Sete países firmam acordo para criar Banco do Sul

Depois de meses de impasse, sete presidentes sul-americanos fecharam no sábado o acordo de criação do Banco do Sul, instituição concebida para financiar projetos de desenvolvimento em infraestrutura e de integração comercial regional.

De acordo com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, o banco contará com capital inicial de US$ 20 bilhões, o dobro do que havia sido acordado em março.

A instituição financeira é uma iniciativa lançada em 2007 pelo presidente venezuelano, com a qual ele diz pretender fazer frente aos organismos multilaterais de financiamento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird).

"(O Banco do Sul) será nosso banco para trazer nossas reservas depositadas (nos bancos do hemisfério) norte, que eles usam para dar crédito a nós mesmos", afirmou Chávez, durante discurso na II Cúpula América Latina-África.

Participam da iniciativa os governos de Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. O Chile, por enquanto, será membro observador. Agora, o projeto será levado aos respectivos Congressos para a aprovação final.

Impasse

O impasse sobre o peso dos países na tomada das decisões vinha atrasando a criacao da instituição.

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconí, disse à BBC Brasil que os países-membros concordaram em uma "fórmula mista" que delimita o poder de decisão de cada país para a aprovação de empréstimos.

A posição do Brasil era de que os votos dos países que mais aportassem capital no banco deveriam ter maior peso nas decisões.

Essa proposta era rejeitada principalmente pelo Equador, que teria argumentado que essa prática é a mesma aplicada pelo Banco Mundial, organismo reiteradamente criticado pela maioria dos países membros do Banco do Sul.

O Equador saiu em defesa da equação um país, um voto, independentemente do aporte financeiro destinado à instituição.

A fórmula que havia sido acordada há meses contemplava as duas posições divergentes, ao estabelecer dois tipos de empréstimo, um "simples" e outro "complexo", com patamares de financiamento diferenciados.

G1

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