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Reforma vai pôr fim a resgates de bancos, diz Obama

Reforma vai pôr fim a resgates de bancos, diz Obama
 

Presidente dos EUA pediu apoio de Wall Street à reforma financeira.
‘Reformas são do interesse do nosso sistema financeiro’, afirmou.
 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (22) que a reforma da regulação financeira que ele defende dará um fim aos planos de resgate aos bancos com o dinheiro do contribuinte.

"Um voto na reforma é um voto destinado a acabar com esses planos financiados com dinheiro público. Esta é a verdade. Ponto final", declarou Obama, ao defender uma regulação mais estrita das instituições financeiras – um projeto que está sendo examinado pelo Senado americano.

 

Se aprovada, a polêmica reforma seria a maior do sistema regulador das entidades financeiras desde a época do "New Deal", proposto pelo então presidente Franklin Roosevelt para suavizar os efeitos da Grande Depressão da década de 30 nos EUA. A reforma gera críticas do setor, que acredita que uma regulação maior vai reduzir a capacidade de gerar ganhos.

Entre outros elementos, a medida dá ao Federal Reserve (Fed, banco central americano) mais poderes para regular as atividades das maiores empresas financeiras dos EUA e cria um escritório de proteção dos consumidores.Qualquer entidade financeira, desde pequenas empresas e pessoas que fazem empréstimos até as megacorporações bancárias, estará submissa aos novos regulamentos estabelecidos por esse escritório.

O discurso foi feito em Nova York e contou com duras mensagens destinadas aos banqueiros e parlamentares republicanos que se opõem ao plano. O presidente afirmou que a reforma analisada no Senado protege o sistema financeiro americano, a economia como um todo e os contribuintes, caso haja novas quebras de instituições financeiras.

"Estou aqui porque acredito que essas reformas são, no final, não só do interesse de nosso país, como do interesse do nosso sistema financeiro", disse Obama. "Insisto em que a indústria financeira – e não os contribuintes – teriam de arcar com os custos no caso de empresas financeiras cambalearem", disse.

"O objetivo é ter a certeza de que os contribuintes nunca mais vão ser acionados porque uma instituição foi considerada ‘muito grande para quebrar’."

Apoio
Obama pediu que os executivos de Wall Street apóiem a reforma, que tem o objetivo de aumentar a transparência e a confiança no setor para evitar futuras crises. "Estou hoje aqui para pedir aos senhores que se unam a nós, ao invés de lutar contra o nosso esforço", disse ele.

O presidente se mostrou contrário aos "grupos de pressão e às empresas que gastam milhões de dólares para influenciar no desenlace do debate". Obama disse querer deixar de lado as diferenças ideológicas para atacar "a raiz dos problemas que causaram a instabilidade do setor financeiro".

"Sempre houve uma tensão entre o desejo de permitir que os mercados funcionem sem interferências e a absoluta necessidade de impor regras para evitar quedas em nossos mercados. Equilibrar essa tensão é o que permitiu que nosso país sobrevivesse em um mundo em constante mudança", acrescentou Obama.

Segundo o presidente, "nosso sistema só funciona e os mercados só são livres quando existem garantias básicas que previnam o abuso e o excesso e que assegurem que é mais rentável jogar de acordo com as regras, que enganar o sistema. Esse é o objetivo da reforma".

 

 

 G1

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