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PIB da Paraíba registra 4º maior crescimento do Brasil e 1º no NE

 

A Paraíba está entre as quatro economias do país que mais cresceram em 2013 e na primeira posição entre os estados do Nordeste. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme) em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) da Paraíba registrou um crescimento real de 5,8% naquele ano, ficando acima da média nacional, que foi de 3%.

 

 

O índice de crescimento do PIB paraibano ficou abaixo somente dos registrados nos Estados do Rio Grande do Sul (8,2%), Mato Grosso do Sul (6,6%) e Roraima (5,9%).

 

Em termos acumulados, a Paraíba registrou também a maior taxa de crescimento real da região Nordeste, com 16,7% no período 2011-2013, ocupando, assim, o sexto lugar do ranking nacional. Dessa forma, o PIB paraibano passou de R$ 33,525 bilhões (2010) para R$ 46,325 bilhões (2013), em valores correntes, correspondendo a um incremento nominal de R$ 12,800 bilhões de reais na economia, nos três últimos anos.

 

Essa expansão do PIB verificada no ano 2013 foi decorrente do aumento de 5,5% do Valor Adicionado a preços básicos e do crescimento de 7,1% nos Impostos sobre Produtos, líquidos de subsídios. O Valor adicionado refletiu o desempenho real positivo das três atividades que o compõem. O Setor Agropecuário apontou variação real positiva de 13,9%, recuperando-se da forte retração ocorrida em 2012 (-25,9%), devido aos fatores climáticos muito desfavoráveis naquele ano. A Indústria avançou 7,2% em 2013, sendo o Setor que mais cresceu no acumulado da série 2010-2013, com 33,6%. O Setor Serviços apontou um crescimento inferior em relação aos demais, porém, positivo, com uma taxa de crescimento real de 4,7% em 2013, e de 12,8% no acumulado (2010-2013).

 

No que diz respeito ao PIB per capita paraibano, indicador econômico que representa a distribuição do PIB pela população residente, ele cresceu nominalmente 6,3%,em 2013 e 33,0% no período da série 2010-2013. Dessa forma, o PIB per capita passou de R$ 8.900/hab., em 2010 para R$ 11.835/hab. em 2013.

 

Nova metodologia – De acordo com o superintende adjunto do Ideme, Jakson Amâncio, o cálculo do PIB ficou diferente a partir deste ano, seguindo padrões internacionais recomendados por órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial. Com isso, foram incluídos dados que não existiam, mudou a classificação de alguns itens e algumas despesas passaram a computar como investimentos.

 

Na Paraíba, os cálculos com base na nova metodologia revelam valores superiores aos já divulgados anteriormente. Alguns segmentos da economia, como serviços – setor que mais pesa no PIB – e agropecuária, ficaram mais detalhados. A medição da produção, geração e distribuição de energia e água também ficou mais precisa, já que o cálculo passou a contemplar usinas eólicas e algumas termoelétricas que não eram computadas, entre outras mudanças.

 

Outras atividades como construção civil também foram revisadas, passando a incluir custos de insumos e salários dos trabalhadores. No caso da agropecuária, determinados dados que eram agrupados foram separados. Além disso, contas prestadas por pessoas físicas à Receita Federal passam a integrar a conta do Produto Interno Bruto.

 

Série 2010-2013 – Considerando todo o período da nova série 2010-2013, e comparando os resultados da Paraíba e do Brasil, verificou-se que a economia paraibana vem crescendo anualmente mais que a do Brasil, apesar da sua participação no PIB nacional ter permanecido em torno de 0,9%. Corroboraram para tanto, o desenvolvimento e o crescimento dos dois setores econômicos mais expressivos no estado: a Indústria, que acumulou crescimento de 33,6% e os Serviços que acumularam 12,8%. Destaque-se que os Impostos, nesse mesmo período registraram um aumento acumulado de 23,3%.

 

No que diz respeito ao PIB pela Ótica da renda, que corresponde à soma das Remunerações dos Empregados, do Rendimento Misto e Excedente Operacional Bruto e dos Impostos Total, no ano de 2013, foi de R$ 46,325 bilhões. Observa-se que, 52,3% desse valor equivalem a Remuneração dos empregados (R$ 24,206 bilhões), sendo a maior parte (41,6%), referente aos Salários (R$ 19,272 bilhões) e o restante 10,6% relativo às Contribuições sociais. Já o Rendimento Misto (RM) e o Excedente Operacional Bruto (EOB) representaram 35,4% da renda gerada no ano. Por fim, os Impostos totalizaram um montante de R$ 5,727 bilhões (12,4% da renda gerada).

 

O PIB per capita paraibano, indicador econômico que representa a distribuição do PIB pela população residente, cresceu nominalmente em valor, 6,3%, no ano 2013 em relação a 2012 e no período da série 2010-2013, cresceu 33,0%. Dessa forma, o PIB per capita passou de R$ 8.900/hab., em 2010 para a R$11.835/hab. em 2013.

 

PIB municípios – Segundo o gerente do Departamento de Informações para o Planejamento do Ideme, Geraldo Lopes (responsável pela elaboração do PIB), no dia 18 de dezembro, o Ideme, em conjunto com o IBGE, vai divulgar o Produto Interno Bruto dos Municípios paraibanos referente ao ano de 2013, já contendo todas as modificações da nova metodologia. Os números do PIB dos anos de 2010 e 2012 também estão sendo revisados.

 

O lançamento do PIB do Estado da Paraíba elaborado pelo Ideme aconteceu no auditório da Escola de Serviço Público do Estado da Paraíba (Espep), em João Pessoa, e contou ainda com a presença de chefe da unidade estadual do IBGE na Paraíba, Roberto Salgado, o gerente do Departamento de Informações para o Planejamento do Ideme, Geraldo Lopes (responsável pela elaboração do PIB), entre outras autoridades.

 

 

Posição relativa, participação e variação real anual do
Produto Interno Bruto das Unidades da Federação no Produto Interno Bruto – 2013

Unidades da Federação

Posição relativa da
variação real anual do
Produto Interno Bruto

Participação no
Produto Interno
Bruto (%)

Variação real anual
do Produto Interno
Bruto (%)

Rio Grande do Sul

6,2

8,2

Mato Grosso do Sul

1,3

6,6

Roraima

0,2

5,9

Paraíba

0,9

5,8

Paraná

6,3

5,6

Ceará

2,0

5,0

Maranhão

1,3

4,8

Amazonas

1,6

4,4

Rio Grande do Norte

1,0

4,0

Distrito Federal

10º

3,3

3,8

Mato Grosso

11º

1,7

3,7

Santa Catarina

12º

4,0

3,6

Amapá

13º

0,2

3,2

Unidades da Federação com variação
real do PIB maior que a do Brasil

29,9

5,4

Brasil

3,0

Goiás

14º

2,8

3,0

São Paulo

15º

32,1

2,9

Pernambuco

16º

2,6

2,9

Pará

17º

2,3

2,8

Tocantins

18º

0,4

2,4

Piauí

19º

0,6

2,4

Acre

20º

0,2

2,0

Bahia

21º

3,8

1,3

Rio de Janeiro

22º

11,8

1,2

Sergipe

23º

0,7

1,1

Alagoas

24º

0,7

0,7

Rondônia

25º

0,6

0,6

Minas Gerais

26º

9,2

0,4

Espírito Santo

27º

2,2

0,1

Unidades da Federação com variação
real do PIB menor que a do Brasil

70,1

2,0

 

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.

Secom-PB

 

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