De janeiro a setembro de 2012, os salários médios de admissão revelaram um aumento real de 5,29% em relação a igual período do ano passado. No período, o salário passou de R$ 958,72 para R$ 1.009,48. O comportamento favorável foi verificado em todas as unidades da federação, com destaque para Acre (14,32%), Paraíba (12,56%) e Sergipe (9,80%). Os Estados que registram os menores ganhos reais foram Roraima (2,16%), Paraná (3,63%) e Rondônia (4,45%).
De acordo com o diretor do departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Rodolfo Torelly, o aumento real do salário mínimo foi o principal fator de impacto sobre esses números.
Segundo Torelly, até o final do ano, o Brasil deverá perder cerca de 100 mil vagas formais de emprego. Ele projetou nesta quarta-feira que o saldo de 2012 deverá ser de 1,47 milhão, ante projeção anterior de 1,5 milhão a 1,7 milhão. No acumulado do ano até setembro, o resultado está positivo em 1,574 milhão de postos com carteira assinada.
Apesar de ainda contar com criação de postos líquidos – já descontadas as demissões do período – em outubro e novembro, sazonalmente o último mês do ano registra mais desligamentos do que contratações. A média dos meses de dezembro nos últimos três anos, de acordo com o Ministério, está negativa em cerca de 400 mil vagas. Torelly disse que, apesar da redução da estimativa, não houve nenhum fato novo recentemente que justificasse a nova projeção. "Estamos seguindo o mesmo desempenho desde o início do ano. Só o mês de março de 2012 apresentou mais vagas do que o de 2011, mesmo com ajuste", comparou.
Redação com Estadão