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Na crise, empresas brasileiras aumentam presença no exterior, diz pesquisa

Apesar da crise econômica mundial, que atingiu o Brasil com mais força a partir do quarto trimestre de 2008, o ano passado registrou um avanço das companhias brasileiras nos mercados globais, com a aquisição de empresas e subsidiárias no exterior, aponta uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

Segundo o Ranking das Transnacionais Brasileiras, elaborado pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Vale Columbia Center e com patrocínio da KPMG, 25,32% das receitas das 20 maiores transnacionais brasileiras em 2008 foram geradas em operações com o exterior.

Esse resultado representa um avanço em relação a 2007, quando a proporção das receitas no exterior sobre o total era de 24,16%, e também sobre 2006 (21,54%).

Os ativos no exterior das 20 maiores transnacionais do Brasil somaram R$ 199,52 bilhões em 2008, o equivalente a 27,66% do total. Enquanto o total de ativos dessas empresas cresceu 19,14% de 2007 para 2008, a evolução dos ativos no exterior chegou a 32,13%.

O número de funcionários no exterior também vem aumentando e cresceu 40,92% sobre o ano anterior, chegando a 27,52% do total da mão-de-obra.

Em 2008, o fluxo de investimento brasileiro no exterior realizado pelas transnacionais totalizou R$ 10,8 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Esse volume, investido em operações de fusões e aquisições, representa cerca de um quarto do total de investimento brasileiro direto no exterior.

Ranking
O ranking classificou o nível de internacionalização de 41 empresas brasileiras com base em receita, ativos e funcionários no exterior em comparação aos resultados totais.

Nesses três indicadores, a taxa de crescimento em relação a 2007 foi maior nas operações internacionais do que nas nacionais.

"As empresas brasileiras cresceram mais no exterior em 2008 do que no mercado interno", diz a pesquisa. "Isso pode se dever a uma possível saturação do mercado nacional, frente a oportunidades de negócios crescentes no cenário internacional."

O ranking das empresas brasileiras mais internacionalizadas é encabeçado pela Gerdau, que tem 63% do total de ativos e mais de 50% das vendas e funcionários no exterior.

Em relação ao ano anterior, a empresa registrou aumento de 49% na receita no exterior, 52% nos ativos e 24% no número de funcionários em 13 países.
 

Ranking
O ranking classificou o nível de internacionalização de 41 empresas brasileiras com base em receita, ativos e funcionários no exterior em comparação aos resultados totais.

Nesses três indicadores, a taxa de crescimento em relação a 2007 foi maior nas operações internacionais do que nas nacionais.

"As empresas brasileiras cresceram mais no exterior em 2008 do que no mercado interno", diz a pesquisa. "Isso pode se dever a uma possível saturação do mercado nacional, frente a oportunidades de negócios crescentes no cenário internacional."

O ranking das empresas brasileiras mais internacionalizadas é encabeçado pela Gerdau, que tem 63% do total de ativos e mais de 50% das vendas e funcionários no exterior.

Em relação ao ano anterior, a empresa registrou aumento de 49% na receita no exterior, 52% nos ativos e 24% no número de funcionários em 13 países.

 

Impacto
Apesar do aumento do nível de internacionalização das empresas, porém, a crise mundial teve um impacto sobre as operações, especialmente a partir do quarto trimestre de 2008.

"A crise teve impacto mais visível nas operações internacionais do que nas domésticas, o que fez com que 14 empresas (das 41 listadas no ranking) reduzissem seu índice de internacionalização", diz o coordenador do Núcleo de Internacionalização da Fundação Dom Cabral, Jase Ramsey.

A pesquisa aponta que os resultados econômico-financeiros das operações no exterior ainda são menores do que os registrados no mercado interno, e que as empresas estão mais satisfeitas com o desempenho do mercado doméstico.

De acordo com o levantamento, "apesar dos grandes investimentos durante os primeiros três trimestres de 2008, as empresas vivenciaram a diminuição da demanda internacional, o que resultou em menores margens após setembro".

"Mas a crise também tem criado novas oportunidades, devido a preços relativamente mais baixos de ativos em outros países", afirma Ramsey.

Localização
De acordo com a pesquisa, os países da América Latina concentram 46,23% das subsidiárias das transnacionais brasileiras. Em segundo lugar vem a Europa, com 20,61%, seguida pela América do Norte, com 17,31%.

Segundo Ramsey, na comparação com 2007, houve um aumento da presença na América Latina e diminuição na Europa. Custos de logística, maior semelhança cultural e facilidades de acordos comerciais são citados como fatores que podem influenciar as empresas a concentrar suas atividades em países mais próximos em um momento de crise como o atual.

O impacto da crise varia de acordo com o setor de atuação, mas poderá revelar uma desaceleração na internacionalização das empresas em 2009, segundo a pesquisa.

No entanto, quando questionadas sobre suas expectativas de desempenho para 2010, as transnacionais indicam confiança na recuperação da economia e no futuro crescimento de vendas, lucratividade e market share, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional.

Segundo os autores do estudo, apesar de afetadas pela crise, as transnacionais brasileiras "não descartam seu comprometimento com a internacionalização", e a expectativa é de que o fluxo de investimento brasileiro no exterior continue crescendo.

"As transnacionais brasileiras se mostraram bem-sucedidas em sobreviver à crise", diz Ramsey. "E estão cautelosamente otimistas em relação a 2010."
 

 

 

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