Economistas consultados pelo Banco Central revisaram suas previsões e esperam, pela primeira vez desde o fim de março, uma variação positiva do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009. De acordo com a pesquisa Focus, feita na última semana e divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a projeção dos economistas é de crescimento de 0,01% da economia brasileira.
Na semana anterior, a previsão era de variação zero do PIB. Desde março, porém, o mercado vinha prevendo uma retração na economia. Para 2010, os economistas mantiveram a estimativa de crescimento em 4,50%.
O mercado aumentou suas previsões para a taxa de juros (Selic) para 2010 pela segunda semana seguida, passando de 9,50% ao ano para 9,75%. Para 2009, continuou nos atuais 8,75%.
Inflação
O mercado voltou a elevar a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 4,31%, contra 4,30% da semana anterior. Para 2010, a estimativa foi mantida em 4,4%. Apesar do aumento, o índice estimado para os dois anos ainda está abaixo do centro da meta estipulada pelo BC, que é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% (teto da meta).
A previsão do mercado para o IGP-DI passou de queda de 0,16% para redução de 0,15%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), a previsão passou de – 0,61% para – 0,52%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis.
A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), caiu de 4,2% para 4,04%. Para 2010, as previsões para os IGPs e para o IPC-Fipe ficaram em 4,5%.
Outros indicadores
O mercado prevê o dólar em R$ 1,80 para o fim de 2009, mesma estimativa da semana passada. A previsão para o fim de 2010 também é de R$ 1,80.
A previsão para o superavit da balança comercial subiu para US$ 25,85 bilhões (contra US$ 25,30 bilhões na semana anterior) e para o deficit nas transações correntes aumentou para US$ 15,55 bilhões (contra US$ 15 bilhões).
A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões e a relação dívida/PIB foi de 43,50%.
Folha