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Imigrantes venezuelanos reconstroem a vida na Paraíba

“Imigrar não é fácil. Para fazer a travessia da fronteira da Venezuela para Roraima é preciso muita força de vontade. Eu vim um mês depois do meu marido com nossa filha de nove anos, minha irmã e sobrinhos. Enfrentamos muitas dificuldades, pedíamos comida de porta em porta, à noite tinha que arranjar papelão para meu filho dormir, mas o momento mais difícil do percurso foi quando minha sobrinha de três meses veio a óbito”, contou Nair Rojas. Este relato é apenas de um dos 218 venezuelanos que chegaram à Paraíba de julho a dezembro do ano passado. A transferência dos refugiados de Roraima para outros estados faz parte do processo de interiorização do Governo Federal em parceria com a Organização das Nações Unidas no Brasil.

 

Pedro Rafael é marido de Nair Rojas. Trabalhava em uma empresa de petróleo, ganhava bem, mas devido à crise política e humanitária na Venezuela deixou o país caminhando 18 km até a fronteira de Roraima. Hoje é mais um que luta por condições melhores para sua família. “Eu, minha esposa, minha filha de nove anos e outro de 17 anos, viemos tentar a vida aqui. Estávamos em Roraima, mas lá eu trabalhava por diária. Aqui no Brasil fiz cursos de capacitação e estou concorrendo a uma vaga de eletricista. Minha esposa já está trabalhando em uma pizzaria”, disse.

 

Tanto a Casa do Migrante quanto as Aldeias infantis SOS Brasil abrigam refugiados em busca de um recomeço de vida. O acolhimento é rotativo e à medida que os imigrantes vão se estabilizando na cidade, surgem novas vagas. O papel dessas instituições, além do acolhimento, é oferecer os serviços de assistência social básica como inserção das crianças em creches e escolas, bolsa família, auxílio-moradia e serviços de saúde. Além disso, ambas as instituições realizam um diagnóstico inicial de todas as famílias, para identificar as competências e habilidades de cada membro, a fim de traçar um perfil e encaminhá-los para entrevistas de emprego.

 

A ONG Aldeias infantis SOS Brasil (sede João Pessoa) e a Casa do Migrante necessitam de doações de utensílios domésticos (botijão de gás, geladeira, fogão, guarda-roupa, colchão) em bons estados de conservação, principalmente para as pessoas que estão em processo de desligamento da instituição.

 

 

Redação

 


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