O desemprego ficou em 13,3% no trimestre encerrado em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. No período, o Brasil tinha 13,8 milhões de desempregados.
Trata-se de uma redução em relação à taxa do trimestre encerrado em abril, que foi de 13,6%. Mas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o índice foi de 11,2%, o quadro foi de elevação (2,1 pontos percentuais). Segundo o instituto, é a segunda queda seguida da taxa desde 2014, mas a maior taxa para maio da série histórica, iniciada em 2012.
A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de maio se refere ao período de março a maio. O instituto divulga a taxa mensalmente.
Para o IBGE, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro, que foi de 13,2%.
A população desocupada permaneceu estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro, quando havia 13,5 milhões de desempregados, e 20,4% (mais 2,3 milhões de pessoas) maior que no mesmo trimestre de 2016.
A população ocupada (89,7 milhões) manteve-se estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro, mas caiu 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
No ano, é a primeira vez que o contingente de desocupados fica abaixo de 14 milhões. “Nós tivemos uma desaceleração no processo de queda da população ocupada, mas essa desaceleração vem acompanhada de uma queda forte do contingente de carteira assinada”, analisa o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Azeredo salienta que é necessário aguardar as próximas divulgações da pesquisa para se fazer uma análise mais detalhada do cenário de desemprego no país. “Qualquer análise que se faça agora do mercado de trabalho, com esses dados que mostram uma taxa que está estável contrapondo com uma redução do emprego registrado é conjecturar”, diz. O pesquisador destacou que é um resultado bom a estabilidade da desocupação, mas ela pode vir acompanhada do desalento, que é o grupo de pessoas com potencial para trabalhar mas que não procuraram emprego nos últimos 30 dias.
G1