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Gol ameaça sair de Campina Grande e deixar cidade sem voos

 A Gol Linhas Aéreas pode deixar de operar voos no Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, e já tem uma data para que isso aconteça: abril de 2017. Se a companhia aérea deixar de operar na cidade, a população ficará sem voos, já que é a única com presente com dois voos, um no período da tarde e outro de madrugada. Será um verdadeiro desastre para o setor de turismo e negócios, com prejuízos incalculáveis para a economia local.

 

A data foi anunciada pelo representante da Gol, Marcos Tognato, durante uma reunião com o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, que estava acompanhado da coordenadora de Turismo, Catharine Brasil, na noite desta quinta-feira (10). A reunião teve como objetivo de tentar resolver um imbróglio com o empresário Marcos Guedes, que detém a concessão do posto de combustível no sítio do aeroporto, sem utilizar qualquer bandeira – como da Shell ou BR, por exemplo. Sem bandeira, os aviões da Gol não são abastecidos, tornando a operação mais onerosa para a companhia aérea.

 

“Os voos têm que ser operados com resultados e, com esse custo, se torna inviável”, disse uma fonte à reportagem. A reportagem teve informação de que a Gol é obrigada a abastecer as aeronaves nos aeroportos de João Pessoa e Petrolina (PE) para manter o voo para Campina Grande, vindo de São Paulo e Rio de Janeiro. Seria intenção da empresa operar voos diretos para os dois destinos, mas, com a aeronave abastecida, o peso dela inviabiliza a operação em virtude das condições de pista e, muitas vezes, de tempo. Ao inserir João Pessoa e Petrolina na rota, os custos da operação aumentam e consequentemente o preço das passagens.

 

A Gol não pretende mais arcar com esse custo, o que teria deixado a entender Marcos Tognato. A prefeitura deve ingressar com uma ação judicial para conseguir destravar esse imbróglio.

 

Por sua parte, segundo a coluna do jornalista Arimatéia Souza, o empresário Marcos Guedes teria entrado em contato com a Infraero, informando que estaria negociando com uma bandeira para começar a oferecer o combustível necessário para abastecimento das aeronaves.

 

Dados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que administra o João Suassuna, apontam que no mês de setembro deste ano houve um aumento de 35,80% na movimentação de passageiros (embarque e desembarque), em relação ao mesmo período do ano passado. Passaram pelos portões do aeroporto 9.666, contra 8.118 passageiros.

 

Turismo em Foco

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