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Especialistas comentam sobre a perspectiva para o setor de serviços na PB pós-Covid-19

O setor de serviços da Paraíba registrou, apesar do recuo de 0,9% no setor em todo o país, a o estado registrou um crescimento de 4,9% no mês de maio deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento no volume de serviços durante o mês de maio interrompeu uma sequência de três meses de percentuais negativos devido à pandemia do novo coronavírus. Neste sentido especialistas comentaram sobre esses dados e as perspectivas para a retomada do crescimento econômico no estado.

Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, os quase 5% colocou o Estado em terceiro lugar com a maior alta do país, ficando atrás apenas de Santa Catarina, com 6,4%, e Rio Grande do Sul, que registrou 5,2%. Mesmo com os resultados positivos de alguns estados, incluindo a Paraíba, o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, avaliou que ocorreu um aprofundamento a nível nacional em um cenário que já era desfavorável para o setor, fazendo com que os estabelecimentos não-essenciais sentissem os efeitos da crise provocada pela suspensão dos serviços de outra forma, durante o mês de maio. “São segmentos que dependem de uma dinâmica econômica ativa. Antes, havíamos sentido o impacto da crise principalmente nos serviços prestados às famílias, agora os serviços prestados por empresas para outras empresas começam a sentir efeitos importantes”, observou.

Já de acordo com o economista Celso Mangueira, que atua na área há mais de 40 anos, a avaliação positiva do setor de serviços na Paraíba pode ser explicada a partir de, pelo menos, dois pontos importantes – que servem também para o setor de consumo de bens.

“A avaliação que tá se fazendo desse período, não só com relação a serviço, mas também a consumo de bens, é que o aumento de uma parte é decorrente do auxílio emergencial, que chegou nas mãos das pessoas e consequentemente se reverte em termo de consumos ou utilização de serviços”, comentou. “Outro ponto que tem que se levar em consideração, as pessoas estão em casa, usando muito mais os equipamentos e eletrodomésticos, e o uso disso ocasiona em defeitos e necessidade de reparos. Isso leva a aumentar a demanda de serviços. São dois fatores essenciais nesse momento, implicando no aumento da recuperação do segmento de serviços: o recebimento da parcela emergencial e também a demanda de serviços de reparos, pela permanência em casa”, enfatizou Mangueira.

Mas nem tudo são flores, apesar do resultado positivo no setor de serviços, a receita nominal do setor no Estado registrou uma queda de 22,3% – percentual superior ao da queda nacional, que foi de 18,8%. De acordo com Mangueira, isso significa que a movimentação econômica do volume de vendas e compras não foi suficiente para aumentar a arrecadação do Estado decorrente de impostos.

 

Redação

 

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