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Especialista diz que queda do salário dos trabalhadores tem como causa a alta inflação: “Questão de lei da oferta e da procura”

Em recente entrevista à imprensa a coordenadora-adjunta do Sistema Nacional de Emprego de João Pessoa (Sine-JP), Jessyka Barros, fez uma análise sobre os recentes dados da média salarial de admissão do trabalhador brasileiro que diminuiu 6,78%, nos últimos dois anos, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Segundo ela, com a pandemia de Covid-19, em 2020, muitas empresas realizaram demissões. Com a retomada das atividades econômicas, no ano passado, que cresceu conforme a redução dos perigos sanitários, houve o aumento do número de contratações, porém, com salários menores. “É uma questão de lei da oferta e da procura. As empresas oferecem salários mais baixos e os trabalhadores aceitam porque precisam trabalhar. Sempre vai ter quem aceite as propostas e a busca por emprego sempre é alta”, analisou Jessyka.

Dados – Além da perda salarial, o trabalhador ainda tem de arcar com a alta da inflação, que reduz seu poder de compra e foi de 19,97%, no período. O prejuízo é ainda maior se considerarmos a inflação dos alimentos, que supera a média medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Caged aponta que a remuneração média de admissão caiu de R$ 2.065,94, em julho de 2020, para R$ 1.926,54, em julho deste ano.

Na comparação com o mesmo mês de 2021 (R$1.982,55), a redução foi de 2,83%. No período de 24 meses terminados em julho deste ano, o IBGE registra uma inflação de 19,97%. Já nos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 10,07%. Se considerarmos apenas o grupo de alimentos, itens mais básicos à subsistência, a inflação foi de 17,50%, no período de 12 meses terminados em julho deste ano. Houve aumento no feijão carioca (28,57%), fubá (17%), macarrão (20,56%), tubérculos, raízes e legumes (36,47%), frutas (35,36%), aves e ovos (18%), leite e derivados (41,22%), entre outros produtos, segundo o IPCA.

Da Redação

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