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Entidade diz que passagens foram reajustadas acima da inflação em João Pessoa e moradores reclamam

A Prefeitura de João Pessoa vem ao longo dos últimos seis anos reajustando o valor das passagens de transporte coletivo acima da inflação registrada pelo índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O acumulado da inflação de 2013 a 2018 foi de 38,68%. Seguindo a inflação, o valor da tarifa atual deveria ser de R$ 3,05.

 

Atualmente, a tarifa do transporte coletivo municipal é de R$ 3,55, o que representa um acumulado de mais de 60% desde 2013, quando o valor era R$ 2,20. Hoje, ao subir no ônibus, o pessoense está pagando quase um dólar, que pela cotação de ontem, custava R$ 3,71. A tarifa do transporte coletivo urbano de João Pessoa passará a ter um novo valor a partir deste domingo (13). Em reunião realizada ontem (11), o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (CMMU) definiu a nova tarifa do sistema, que será de R$ 3,95, 40 centavos a mais que a tarifa atual.

 

Em janeiro de 2013, a passagem custava R$ 2,30 e, logo após as manifestações de junho que tomaram conta de todo o país que, entre outras pautas, reivindicavam reduções nas passagens de ônibus, a tarifa foi reduzida para R$ 2,20. Esse reajuste representou uma redução de 4,34%, enquanto a inflação estava acumulada em 3,96%.

 

Em junho de 2014, um novo reajuste foi concedido, elevando o valor das passagens de R$ 2,20 para R$ 2,35, o que representou um aumento de 6,81%, índice igual à inflação registrada naquele momento. Em 2015, a prefeitura reajustou as passagens por duas vezes.

 

A primeira foi em fevereiro, quando o valor saiu de R$ 2,35 para R$ 2,45, o que significou um acréscimo de 4,25%, ficando pela primeira vez abaixo da inflação, que registrava 5,10%. Em julho do mesmo ano, o segundo reajuste elevou o valor de R$ 2,45 para R$ 2,70, o que representou um aumento de 10,20%, índice acima da inflação, que era de 5,52%.

 

Em 2016, novamente o valor das tarifas foi reajustado acima da inflação, indo de R$ 2,70 para R$ 3,00, representando um reajuste de 11,11%, enquanto a inflação havia sido de 6,51%. Em 2017, o reajuste permaneceu acima da inflação, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20, o que representou um reajuste de 6,66%, quando a inflação registrava 4,96%.

 

Em janeiro de 2018, o valor foi reajustado de R$ 3,30 para R$ 3,55, representando um aumento de 7%, enquanto a inflação estava perto de 3%. Este valor de R$ 3,30 foi reajustado logo após decisão judicial que mandou elevar as passagens de R$ 3,20 para R$ 3,30.

 

Apesar de se tratar de uma concessão pública, as empresas de ônibus da capital não divulgam as planilhas de custos e lucros, dificultando a transparência quanto ao valor das tarifas. O Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP) divulgou uma nota na segunda-feira (7), em que menciona o reajuste de 4,87% na renumeração dos motoristas, o que pode implicar em justificativa para novo aumento no valor das passagens.

 

Marcos Souza, do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (DCE-UFPB), comentou o reajuste. "Como estudantes e consumidores,] consideramos que o reajuste não nos favorece e isso independente do valor, mesmo que abaixo da inflação e com a qualidade que temos no transporte coletivo de João Pessoa".

Recarga – A tarifa do transporte coletivo urbano de João Pessoa passará a ter um novo valor a partir deste domingo (13). Entretanto, até este sábado (12), o usuário que abastecer os cartões do Passe Legal pagará ainda o preço de R$ 3,55.

O mesmo valor de R$ 3,55 também valerá para os créditos existentes nos cartões pelos próximos trinta dias, conforme informou o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP).

O novo reajuste da tarifa de transporte da Capital foi definido em reunião realizada nesta sexta-feira (11), do Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (CMMU).

A passagem custará R$ 3,95. No entanto, os usuários do cartão de Passe Legal contarão com um desconto de R$ 0,15, ficando o valor da passagem inteira fixado em R$ 3,80 para recarga de crédito.

 

 

 

Redação

 


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