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Emprego formal sobe pelo 3º mês, com 106 mil novas vagas

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação de 106.205 vagas de emprego formal em abril. O resultado – fruto de um número de admissões no mês de 1.350.446 contra demissões de 1.244.241 – é três vezes maior que o de março, quando foram criados 34.818 empregos formais e representa o terceiro mês seguido de expansão após o agravamento da crise, desde novembro do ano passado. Com esse saldo positivo, o estoque de empregos formais na economia, com carteira assinada pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), subiu 0,33% em relação a março, para 32.041.756.

 

Em entrevista durante a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que maio deve ser ainda melhor que abril para a criação formal de empregos no Brasil. "Agora vamos ter um acúmulo de resultados positivos", disse.

 

No ano, ele acredita que o País abrirá "mais de um milhão" de empregos formais. "O Brasil já está dando sinais inequívocos de recuperação", afirmou o ministro. De janeiro a abril, foram abertos 48.454 empregos com carteira assinada, ante 848.962 empregos formais no mesmo período do ano passado.

 

Setores

 

O setor de serviços liderou as contratações em abril, com a abertura de 59.279 postos de trabalho, seguido da agropecuária, com 22.684 vagas. O comércio também ficou positivo, com a criação de 5.647 vagas. Pela primeira vez em cinco meses a indústria registrou saldo positivo, com a abertura de 183 vagas. O único setor que ainda mostra saldo negativo é o de extrativa mineral, com eliminação de 582 vagas.

 

Considerando os dados geográficos do Caged, o Estado de São Paulo puxou a abertura de empregos formais no mês de abril, sendo responsável pela criação de 72.022 empregos com carteira assinada, resultado de 447.957 contratações e 375.935 demissões. Em relação a março, houve melhora no saldo líquido de postos de trabalho no estado já que naquele mês São Paulo registrou saldo líquido de 34.818 vagas formais.

 

"São Paulo foi a locomotiva do emprego em abril", resumiu Lupi. O cadastro mostrou ainda em abril um dinamismo maior na contratação de mão de obra formal no interior do Estado já que das 72.022 ocupações, 63.864 foram criadas nos municípios do interior. Esse dinamismo está fortemente associado ao setor de agronegócio, particularmente ao início do ciclo de cultivo da cana-de-açúcar e também do ciclo de plantação do café, conforme anteciparam especialistas à Agência Estado na semana passada.

 

Também como anteciparam especialistas, o comércio voltou a registrar saldo líquido de empregos formais positivo em abril, de 5.647 ocupações, após quatro meses seguidos de resultados negativos. Os lojistas do comércio atacadista e varejistas voltaram a encomendar produtos à indústria, após reduzirem os estoques nas vendas realizadas no primeiro trimestre do ano. Com isso, influenciaram positivamente a contratação de novos empregados.

 

O Caged de abril mostrou ainda que quatro das cinco regiões do País tiveram saldos positivos de empregos formais, sendo o Sudeste o destaque com 99.065 vagas abertas. O Centro-Oeste ficou em segundo com 19.402 postos de trabalho. Apenas a região Nordeste teve saldo negativo, com a eliminação de 24.622 vagas. De acordo com o Caged, isso ocorreu por causa do ciclo sucroalcooleiro que, nos estados dessa região, estão ainda na entressafra. O conjunto das regiões metropolitanas do País criou apenas 20.008 empregos formais em abril contra 79.199 das cidades do interior.

 

PIB

 

Contrapondo a previsão feita na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reduziu sua previsão de crescimento do PIB em 2009 para algo entre 0% e 2%, Lupi afirmou que espera um crescimento da economia este ano de 2% a 2,5% do PIB. Confrontado pelos jornalistas com a opinião de Mantega, afirmou: "Eu sou o lado otimista do Mantega".

 

Na avaliação de Lupi, a economia está dando sinais de recuperação consistente e o emprego formal é o principal indicador disso. "Ninguém contrata com carteira assinada se estiver tendo prejuízo", disse.

Estadão

 

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