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Cresce o número de serviços oferecidos para idosos no Brasil

Ao perceber no noticiário o envelhecimento mais acelerado da população brasileira e o aumento das necessidades especiais dos idosos, o microempresário Júlio César da  Costa Gonçalves, 60 anos, viu a oportunidade para diversificar os negócios e resolveu entrar no ramo de terceirização de cuidadores. Hoje, não se arrepende da iniciativa tomada há dois anos e se prepara para passos mais largos.

“O negócio está progredindo. Dobramos o pessoal e registramos um crescimento mensal de 10% a 15% no número de clientes neste ano”, conta o proprietário da Viver. Nos próximos dias, ele vai deixar a sala de 10 metros quadrados no Lago Sul e mudar para um escritório 10 vezes maior.
 

A empresa já tem uma filial no Rio de Janeiro e Gonçalves pensa em abrir uma unidade em Curitiba ou em São Paulo. O administrador explica o que o levou a apostar no segmento. “Percebi que havia um mercado com potencial, porque a demanda por cuidadores vai crescer muito. Hoje, as famílias são menores e, normalmente, a esposa não fica mais em casa cuidando dos idosos, como no passado”, afirma.

Gonçalves abriu a empresa em parceria com a sobrinha, que é enfermeira. Mas, como ela precisou deixar Brasília, ele resolveu continuar com o negócio sozinho. Atualmente, emprega oito pessoas na área administrativa, responsáveis pela gestão e treinamento adicional dos 105 cuidadores cadastrados que atendem a 42 clientes. Cada idoso demanda, dependendo da necessidade, até quatro profissionais por dia. Entre os cuidadores, destacam-se ex-babás, ex-empregadas domésticas e ex-motoristas.

O caso dessa microempresa ilustra a mudança demográfica que ocorre no Brasil. Pelas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), a população de idosos chegará a 58,2 milhões em 2060, mais do que o triplo da de hoje. “O país está envelhecendo e precisará se adaptar à nova realidade demográfica. Não é apenas o governo que terá de se ajustar. Os mercados, as cidades, as famílias também precisam se preparar”, explica o demógrafo Cássio Turra, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Redação 

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