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Coronavírus deve levar a recessão global, diz economista paraibano

Esta semana e a próxima serão decisivas para dar a dimensão do impacto da pandemia do coronavírus na economia brasileira. A avaliação é do economista Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), que divulgou estudo com projeção do PIB (Produto Interno Bruto) negativo em até 4,4% para este ano, com as consequências da covid-19 no país. Para o economista paraibano Francisco Barros, a pandemia de coronavírus pode desencadear uma crise econômica global “sem precedentes”.

Até o momento, a Paraíba possui um caso confirmado de coronavírus. No entanto, medidas governamentais tomadas pelo Governo Estadual e pelas prefeituras municipais para tentar frear a proliferação do vírus decretaram o isolamento social para a população. A reclusão vem causando o fechamento diário de órgãos públicos, escolas, estabelecimentos comerciais e decretando a redução da oferta de grande parte dos serviços para a população como a frota de transporte coletivo, em João Pessoa.

Para o economista Francisco Barros, a pandemia de coronavírus pode desencadear uma crise econômica global. Agências de viagens e turismo, rede hoteleira, companhias aéreas e comerciantes já começaram a sofrer os impactos e a perspectiva, segundo especialistas, é que esse quadro só cresça. Rejane Ferreira, dona de uma agência de turismo já começou a cortar o quadro de funcionários. “Já está um absurdo. Ninguém quer sair de casa então vai parar tudo e assim a gente não tem como pagar os funcionários. Está sendo assim também com a rede hoteleira. É uma situação insustentável. O impacto é sem precedentes na história da humanidade. Nos tempos modernos, nós não temos um paralelo para dizer ao certo qual e quanto será esse impacto. Primeiro porque nós não temos a previsão de quando essa pandemia vai acabar. A China, que já está se recuperando, tem uma previsão de queda de 14% no PIB neste período. Estados Unidos, outra potência mundial, também estima queda. Então imagina países com mais dificuldade do que eles, como o Brasil. Nós esperamos que seja um impacto menor, mas infelizmente cada dia a gente tem uma dificuldade diferente”, afirmou.

Os funcionários que já foram cortados da agência de viagens da entrevistada devem se unir aos mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo que devem perder o emprego a curto prazo já neste período de primeiro impacto do coronavírus. O número é estimado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado na última quarta-feira. Segundo a organização, o número pode ser ainda maior caso os governos não ajam rapidamente com medidas urgentes para proteger os trabalhadores e seus locais de trabalho. Em comparação, a crise financeira global de 2008/2009 aumentou o desemprego global em 22 milhões de pessoas.

 

Redação

 

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