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Consumidor busca produtos mais baratos; especialistas apontam marcas próprias como opção para economizar

O carrinho de compras está cada vez mais caro! A pandemia da covid-19 não só impactou todos os setores da sociedade, como também provocou diversas mudanças na economia e na forma de consumo do brasileiro. A crise afetou inclusive a escolha dos produtos que o consumidor coloca no carrinho do supermercado. Com preços de alimentos básicos como carne, arroz e feijão em alta, foi necessário se adequar na hora das compras para fechar o orçamento mensal da família. Para falar sobre este assunto foi buscado respostas com o consultor financeiro, Denilson Silva e o presidente da Associação dos Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo que apontam que esse crescimento é consequência do impacto da crise no bolso do consumidor.

Um recente levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), apontou que no primeiro semestre deste ano foi registrado um aumento de 30% nas vendas de produtos de marcas próprias em relação ao mesmo período de 2020. “Os preços da maioria dos alimentos tiveram reajustes no último ano, muitos com alta superior a 10%. Portanto, com inflação acima do esperado, aumento do desemprego, e reduções salariais causadas pela crise sanitária, o poder de compra também reduziu. Por isso, sempre que temos um cenário como esse, o consumidor acaba optando por marcas mais baratas, que é o caso das marcas próprias vendidas nos supermercados”, afirma Denílson Silva.

Segundo o consultor financeiro, a maior vantagem em escolher produtos de marcas próprias nas redes de supermercados está na economia final. “Quando o supermercado vende produtos básicos, como é o caso dos alimentos de fabricação própria, a conta final pode ficar até 25% menor em comparação a outras marcas tradicionais”, comentou Denílson.

Para o presidente da Associação dos Supermercados da Paraíba, a razão para estes itens mais caros é o crescimento dos custos de produção, principalmente de transporte (combustível) e os insumos (tudo o que é utilizado para fabricar determinado produto). A solução é buscar novas marcas e produtos que possam substituir os que apresentam custo elevado. “O combustível é um dos principais porque tudo depende dele. E, hoje, os insumos dos produtos, porque todo agricultor tem um insumo e esse insumo está muito difícil de conseguir. E quando eles conseguem, é com um preço absurdo. E a cesta básica fica muito alta”, disse Cícero.

Ainda segundo Cícero Bernardo, o café, soja e todos os derivados de milho, estão com os preços mais altos atualmente. O arroz e o feijão, antes com os piores valores, hoje, segundo o dirigente, recuaram e hoje seguem sem reajustes. Para ele, o que está aumentando os preços da cesta básica, na realidade, não são os produtos em si, mas o que vai gerar esses itens, ou seja, toda a cadeia pra chegar no alimento finalizado para a venda. “É toda a cadeia pra produzir aquele produto, para produzir café, milho, etc. O milho mesmo está muito caro porque está faltando, não está tendo a safra suficiente e tem a interferência da chuva e do sol. Tudo isso afeta a produção. Na Paraíba não tivemos safra por causa do sol”, disse.

Redação

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