Pelo terceiro ano consecutivo Campina Grande apresentou baixa na geração de empregos com carteira assinada, conforme os dados divulgados na última sexta-feira (26) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho.
De janeiro a dezembro de 2017 foram abertas 18.313 vagas de emprego formais contra 19.494 que foram fechadas, ocasionando saldo desfavorável de -1.181 postos de trabalho no setor produtivo da economia campinense.
Dentre as áreas atingidas com dispensas, se destaca principalmente o setor da construção civil, que apresentou, em 2017, queda de 543 no número de vagas (considerando as profissões de pedreiro e servente de obras), seguido por atendente de telemarketing (-538) e vigilante (-241). O comércio varejista aparece como uma das funções com o maior índice de rotatividade, mas fechou o ano com saldo positivo de três contratações.
Os números causam ainda mais preocupação considerando que, desde o ano de 2015 a geração de empregos na cidade permanece no vermelho. E, no acumulado dos últimos três anos a cidade fechou 6.893 empregos com carteira assinada.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Campina Grande, Artur Almeida, as demissões diminuem o poder de compra do consumidor e, dessa forma, toda a cidade é, de alguma forma afetada. “Há alguns anos Campina Grande amarga números negativos na geração de empregos e isso muito nos preocupa, pois a economia da cidade deixa de ganhar quando alguém fica desempregado. Trata-se de um consumidor em potencial com o seu poder de compra afetado”, disse.
De acordo com o dirigente lojista, mesmo com o saldo negativo e as modernizações das leis trabalhistas, já em vigor, o número de empregos formais foi maior que nos anos anteriores, quando a CLT ainda funcionava no modelo ultrapassado, “contrariando o discurso de que a carteira de trabalho estaria com os dias contados”, completou.
Em 2015 o saldo de empregos formais com carteira assinada teve baixa de -3.731, já em 2016 a queda foi igual a 1.981.
CDL-CG