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Calor eleva valor de ovos e carne, diz instituto de economia aplicada

 O calor e a seca está afetando a produção de alguns alimentos básicos, como carne e ovos, segundo análises do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP.

 

Com a redução da oferta, há elevação dos preços no mercado intermediário, isto é, no valor pago pelos atacadistas aos produtores. Não há registros precisos de quanto este aumento afeta o consumidor final.

A alta do preço dos ovos vermelhos chega a 16,5% na primeira semana de fevereiro na grande São Paulo, segundo a analista Camila Ortelan. O preço dos ovos brancos teve elevação de 8,7% no período.

Para a pesquisadora, isso ocorre porque, no calor, as galinhas produzem menos ovos, e ovos de qualidade inferior. Isso ocorre sobretudo porque elas comem menos ração, e bebem mais água. Esse processo é mais intenso para as galinhas que produzem os ovos vermelhos, por isso o descolamento de preços.

Outro problema é que o armazenamento fica mais difícil, e o ovo dura menos, o que também contribui para a redução da oferta do produto. Há também registros, segundo Ortelan, de galinhas que morreram devido ao apagão, já que os animais ficam em lugares confinados e com necessidade constante de refrigeração. Na semana passada, um apagão atingiu 13 Estados brasileiros, incluindo algumas regiões de São Paulo, por cerca de 40 minutos.

A produção de carne também está sendo afetada devido a seca. Sem chuva, os pastos não crescem, e o boi demora mais para alcançar o peso ideal para o abate. Assim, há uma redução da oferta.

A produção de alguns produtos agrícolas, como milho e café também está sofrendo com a seca, e já há previsões de uma oferta reduzida na época da colheita. A produção de legumes e verduras, no entanto, não foi reduzida, segundo o Cepea, porque possui irrigação própria e não depende exclusivamente das chuvas.

Correio do Estado

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