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Brasil está deixando a crise, mas governo ainda tomará medidas, diz Mantega

O Brasil está deixando para trás a crise econômica mundial, afirmou nesta quarta-feira (29) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mesmo assim, disse que haverá novas medidas de estímulo à economia brasileira. Nesta terça-feira (28), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o país já teria saído da crise.

 

"Nós já podemos considerar que o Brasil está deixando para trás a crise econômica mundial. Neste segundo semestre, o Brasil já apresenta taxas de crescimento positivas, em torno de 4%. Aquilo que dizíamos no início do ano, que o Brasil foi o último a entrar e seria um dos primeiros a sair, está se realizando. Nos próximos doze meses, deveremos ter um crescimento em torno de 4%", disse Mantega a jornalistas.

 

O que já foi feito

Mantega lembrou das medidas de redução de tributos, e de destravamento do crédito, que já foram adotadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise financeira na economia brasileira, entre elas a redução do IPI para materiais de construção, automóveis e para a linha branca, além da redução da meta de superávit primário.

 

"Fizemos várias desonerações e aumentamos o crédito. Também reduzimos tributos em setores que retomaram rapidamente o nível de atividade e o resultado foi eficiente e mais eficiente no Brasil", disse Mantega.

Novas medidas

Segundo ele, o governo "continuará tomando medidas de estímulo à economia". Afirmou ainda que parte das medidas foram responsáveis pela queda do superávit primário no primeiro semestre deste ano. "Os programas postos em prática foram bem sucedidos porque fizeram que a economia se recuperasse", afirmou.

 

"Apesar de já estarmos superando a crise, o governo não deixará de continuar tomando medidas de estímulo, mas podem ser de natureza monetária, como aumentar mais o crédito, por exemplo. Elas não custam nada. Mas não vou anunciar medidas de caráter fiscal [reduções de tributos] pois isso poderia prejudicar a economia [visto que a antecipação de um eventual anúncio poderia prejudicar vendas]", afirmou Mantega a jornalistas.

Contas públicas

O ministro afirmou que a economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda, o chamado "superávit primário", caiu neste ano por conta da redução da meta de 3,3% para 2,5% do PIB, além da perda de arrecadação por conta da crise financeira. Mesmo com a queda, assegurou que a meta fiscal para 2009, e 2010 (ano eleitoral), será cumprida.

 

"Os dados que estamos vendo confirmam que vamos cumprir as metas que foram estabelecidas. É claro que o primeiro semestre deste ano, o nível de atividade caiu e também caiu a arrecadação. Por um lado, tivemos queda de arrecadação e, ao mesmo tempo, mantivemos os investimentos e os gastos de governo", disse ele.

 

Mantega arescentou que a arrecadação tende a melhorar no segundo semestre, com a melhora do nível de atividade econômica, mas disse ainda que o governo pode adotar novos cortes de gastos caso seja necessário para cumprir a meta de superávit primário neste e no próximo ano. "Não há gasto eleitoral. A política não tem interferência no nosso calendário"’, disse.

 

Ele admitiu, entretanto, que houve um aumento de gastos com pessoal nos últimos anos, mas acrescentou que eles ainda estão abaixo, na proporção com o PIB, ao registrado no início do governo Lula em 2003. "Estamos ainda abaixo de 5% do PIB. Em 2002, ultrapassaram 5% do PIB. Não há descontrole dos gastos de pessoal", disse Mantega, acrescentando que o governo ainda está comprometido com um projeto de lei, que já está no Congresso, em limitar essas despesas.

 

 

 

G1

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