As tradicionais férias no meio do ano e as viagens para o exterior no verão americano ou europeu podem ter que ficar para 2019. O motivo é a alta cambial que está afetando o dólar e o euro, moedas utlizadas nas viagens internacionais nos países mais procurados por brasileiros.
O dólar continua a subir em relação ao real nesta quinta-feira (7) e chegou a operar acima de R$ 3,90 no início dos negócios, com os investidores ainda cautelosos diante das incertezas nos quadros fiscal e político.
Às 10h33 a moeda norte-americana tinha valorização de 1,30%, a R$ 3,8868. Na máxima até agora, a cotação chegou a R$ 3,9133. Veja mais cotações.
O dólar não era cotado acima dos R$ 3,90 desde março de 2016.
O euro também disparou e já ultrapassa os R$ 4,50 e a bolsa opera em queda de mais de 2%.
Efeito greve
Para o economista Alexandre Cabral, um misto de notícias contribui para a desvalorização do real.
"A Anfavea divulgou ontem que 25 mil carros deixaram de ser entregues devido à greve dos caminhoneiros e o mercado passou a ter certeza que o PIB do segundo trimestre vem pior do que o esperado. E hoje de manhã foi divulgado o IGP-DI, pela FGV, que mostrou uma inflação de 1,64% em maio, forte devido a vários fatores como a paralisação e a desvalorização do real", afirmou.
Intervenção do BC
O BC oferta nesta sessão até 8.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho. Também ofertará até 15 mil novos swaps.
O Tesouro Nacional decidiu reforçar sua intervenção na renda fixa. A instituição realiza hoje e amanhã leilões de compra e venda de títulos públicos prefixados (NTN-F).
Já o BC atuará nesta quinta-feira com operações compromissadas com prazo mais longo, de nove meses, no qual serão envolvidos LTN, NTN-B e NTN-F. Especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que a medida é um movimento claro de tentar acalmar o mercado financeiro.
Redação com G1
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