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Reitor da UEPB diz que sociedade paraibana vai apoiar parceria para reabrir museu

O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, comentou sobre a decisão de fazer parceria com a Fundação Pedro Américo em benefício do Museu de Arte Assis Chateaubriand.

Ele destacou os cuidados que todas as partes envolvidas vêm tomando em todos os aspectos.

Temos a segurança desse passo e estamos certos que a partir dos resultados toda sociedade paraibana vai apoiar nossa decisão”, assinalou o reitor.

 

O diretor cultural da Fundação Pedro Américo, Dalton Gadelha revelou que a ideia surgiu quando assistia ao programa ´Ideia Livre´ (apresentado todas as terças-feiras na TV Itararé, após o Jornal da Cultura), na qual o reitor da UEPB, professor Rangel Júnior, falava sobre as dificuldades orçamentárias de manter o museu.

O reitor, durante o referido programa, também falou dos insucessos na busca de parcerias público-privadas.

 

Em seguida, falei com Rangel da possibilidade de união entre as instituições visando um museu com outros moldes, com tecnologia e com a ideia de que no espaço fosse possível a produção de vídeos e documentários. Dessa forma, a partir de hoje (dia 9/11) fica firmada a parceria entre as instituições”, discorreu Dalton.

 

Oficialmente, a Universidade Estadual da Paraíba transferiu a guarda e a responsabilidade do Museu de Arte Contemporânea (MAC) para a Fundação Pedro Américo e a Fundação Padre Anchieta na última sexta-feira (9), no Auditório do MAC.

 

O convênio, fruto de uma longa negociação, estabeleceu a cessão, por 25 anos, do prédio do museu, que passará a ser gerido pelas fundações, garantindo que o Museu de Arte Contemporânea seja reativado, sem custos para a Universidade. O MAC permanece como patrimônio da Universidade Estadual, mas a gestão passa para o modelo implementado pela Fundação Pedro Américo e pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.

 

Antes de entregar oficialmente as chaves do Museu, o reitor Rangel Junior elencou os motivos que resultaram na celebração do convênio. Ele observou que, devido a crise financeira pela qual a Instituição atravessa, ficou inviável manter o museu funcionando, sendo parceria estabelecida a melhor alternativa para garantir que a sociedade continue a usufruir de tão rico equipamento cultural. Rangel disse estar convencido de que a decisão tomada foi a mais acertada e que, em breve, será referendada pela sociedade, que sentirá os benefícios do convênio.

 

Tomamos uma decisão muito serena, sensata e segura dos pontos de vista técnico, jurídico e político e social. Então, quando tomamos uma decisão dessa natureza, estamos com a consciência muito tranquila que estamos dando um passo seguro e que as incertezas do futuro não atrapalharão de forma alguma o que estamos fazendo”, destacou. Ele ressaltou que a demora na parceria permitiu às três partes envolvidas construírem um processo de maturidade para assegurar as melhores práticas dentro da estrutura público-privada. Para ele, a parceria entre as instituições representa um gesto de muita maturidade institucional e que se reveste de um conteúdo moderno: a busca para estabelecer relações que preservem o patrimônio público em todos os sentidos e que faça com que esses equipamentos se tornem acessíveis a população.

 

O presidente da Fundação Pedro Américo e magno chanceler do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento (Cesed), Dalton Gadelha, disse que o principal motivo a culminar com a parceria foi a preservação da cultura e ampliação do espaço cultural de Campina Grande, da Paraíba e do Nordeste. Ele considerou o momento como um dia histórico e garantiu que as fundações vão cuidar com muito zelo do equipamento, implementando diversas atividades.

Dalton enfatizou que o Museu continua sendo um patrimônio da UEPB, mas, agora, gerido por dois parceiros. “Chegamos a conclusão que era um projeto viável. Então, hoje é a concretização dessa discussão que a gente vem travando há muito tempo, para que o Museu continue a funcionar e abra novos espaços, não só de cultura, mas também de ciência, tecnologia, produção de vídeos, de documentário e filmes”, disse. Segundo ele, no MAC será aberto um novo leque e uma nova realidade para o Museu e quem vai ganhar com isso é a sociedade.

 

Conforme os termos do convênio, caberá à UEPB fiscalizar todas as atividades administrativas relativas às atividades da parceria firmada. À Fundação Pedro Américo caberá toda a responsabilidade jurídica e financeira para a concretização de todos os objetivos descritos nas cláusulas conveniadas, incluindo contratação de pessoal técnico administrativo e de segurança, conforme as necessidades para o pleno funcionamento do equipamento cultural. Já a Fundação Padre Anchieta ficará responsável por prestar assessoria técnico-científica e cultural, colocando à disposição do MAC todo seu acervo histórico, cultural, informativo e documental.

 

Dalton adiantou que no Museu vai funcionar a Central Nordestina Cultural, que é um projeto da Fundação Cultural Pedro Américo para ampliar e contar a história do povo da região. Ele observou que a Fundação tem um modelo próprio de gestão, que será empregado no MAC, ficando inclusive responsável por custear todas as despesas do Museu.

 

 

O MAC foi inaugurado em junho de 2012. Quatro anos antes, a Instituição recebeu projeto e recursos, por intermédio de um contrato de repasse, para a construção do espaço, tendo sido a Secretaria de Planejamento e a estruturado de obras do Governo do Estado que gerenciou toda a construção. No entanto, já a partir do ano da inauguração do museu começaram a surgir dificuldades para assegurar a manutenção do equipamento, devido às muitas restrições orçamentárias impostas à UEPB, o que levou a Universidade a fechar temporariamente o museu em 2016 e, em dezembro do ano passado, suspender seu funcionamento.

 

Redação

 

 


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