“Faraó, deixa o meu povo ir.”
Essa foi a expressão mais forte pronunciada por Deus ao líder máximo do Egito — e a toda a sua população — por meio dos lábios do arauto Moisés. Se Deus tivesse falado diretamente ao Faraó, ele talvez tivesse sido fulminado. Por isso, creio que usou um intermediário…
“É apenas a voz de um homem”, pensou o Faraó. E, mesmo após tantas vezes em que Moisés atravessou os jardins do palácio e falou com ele face a face, o coração do rei permaneceu endurecido. Mas Deus falou — e, a duras penas, o Faraó teve que permitir que entre dois e três milhões de pessoas partissem.
O restante dessa história está registrado nos cinco primeiros livros da Bíblia. Inclusive, estrangeiros que viviam entre os hebreus também saíram com eles. Foi o êxodo mais marcante da história universal.
Quem duvida, visite Israel e verá o remanescente desse povo milenar…
Liberdade na saída. Liberdade entre as águas do Mar Vermelho. Liberdade no deserto. Liberdade — quase plena — ao pisar na Terra Prometida.
Nosso Deus é um Deus de visão ampla e profunda. Ao tirar os judeus do Egito de forma espetacular, Ele não o fez para vanglória ou para humilhar autoridades. O plano era maior. Era horizontal — e também vertical.
Desde o Gênesis, a promessa do envio do Messias já estava sacramentada. Suas promessas são fiéis e verdadeiras. O povo judeu tornou-se bênção para as nações ao seu redor. E, por meio dele, veio o Salvador.
O Deus eterno se fez homem. Há 2025 anos, veio até nós. Falou, viveu, tocou, curou, ensinou. E nos tirou de um outro cativeiro — o espiritual. Pagou o preço com sangue. Um preço envolto em um amor que Satanás jamais poderia imaginar.
A dívida era humana — e só um homem poderia pagá-la. Estávamos nas mãos do valente, mas Deus, em Cristo, com a participação do Espírito Santo, veio ao nosso resgate. E pagou por completo a nossa dívida.
Semana Santa. Sexta-feira Santa.
Chamamos assim… Mas talvez devêssemos dizer:
Celebração da Vitória! Celebração da Glória!
Na cruz do Calvário, Deus pagou nossa dívida eterna. Foi ao túmulo. Mas o túmulo não o pôde conter. Assim como Jonas foi lançado do ventre do grande peixe, o túmulo foi ordenado a se abrir. E, em glória, o Messias ressuscitou!
Ficou entre nós quarenta dias. Caminhou pelas estradas de Emaús. Foi à praia. Saboreou peixe assado com Pedro e seus amigos…
Jesus ressuscitou! Essa é a maior vitória da humanidade.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
@elcionunes