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No Dia da Consciência Negra, PB Agora lembra artistas que lutam pela igualdade racial

O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-fiera (20) , data da morte de Zumbi dos Palmares, muitas mulheres usam a música como expressão de liberdade e busca por igualdade racial.
A mulher negra sempre esteve presente na luta do povo negro e na Paraíba, há diversas atividades culturais e expressões artísticas oriundas da cultura afrodescendente. Embora a história da população negra ainda seja relegada aos guetos, a arte rompe muros em busca do seu espaço. Essas mulheres atuantes trazem a força da cultura para exercer cidadania e perpetuar a luta contra o racismo e o machismo.

Uma dessas artistas, é a cantora é Luedji Luna, que inclusive programou uma live-show para marcar a data. A live fa atividade faz parte de uma programação mais ampla ao longo do mês, que este ano trabalha o tema ‘Por uma Paraíba Antirracista’ e inclui a inauguração do Centro Estadual de Referência da Igualdade Racial – João Balula, o 2º do Nordeste e o 4º do país com atendimento multiprofissional para casos de racismo e intolerância religiosa.

Cantora e compositora baiana, Luedji Luna é um dos expoentes da música brasileira. Com dois álbuns, um EP e diversas parcerias lançadas já foi contemplada com o Prêmio Afro (2017) e pelo Prêmio Bravo na categoria Revelação (2018).

A realização da live-show é do Governo do Estado, por meio de parceria entre a Fundação Espaço Cultural com a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH). O evento virtual ocorre a partir das 20h30 no canal TV Funesc no YouTube.

Segundo os historiadores, a Cultura negra marca a identidade brasileira com toda a sua influência sobre o corpo, a dança, a religiosidade e crenças, além de ser uma expressão da resistência negra, de afirmar uma identidade negra e de trazer sempre à tona a ancestralidade, seus traços que vieram nas memórias.
Outra artista negra com destaque na Paraíba, é a cantora de samba Dandara Alves.
Dandara Alves é nordestina natural da Paraíba e radicada no Rio de Janeiro. Profissional da música há mais de uma década. Ao longo desses anos levou seu samba e sua musicalidade a vários lugares do país,

Entre as inúmeras mulheres que usam a arte como expressão de liberdade, destaque para Fernanda Ferreira que é atriz e ativista negra. Ela veio de Minas e, na juventude, enveredou por um grupo cultural que manejava a cultura afromineira, além de beber da cultura negra do Nordeste como coco, maracatu e tambor de crioula.

Recentemente, a comunidade artística negra consolidou a criação do Fórum de Artistas Pretas e Pretos na Paraíba, numa articulação local auto-organizada, composta por artistas e trabalhadoras/es da cultura que se autodeclaram pretos ou pardos.

Segundo a comissão de criação do Fórum, a necessidade surgiu da tarefa de fortalecer e reivindicar o acesso à Lei Aldir Blanc de forma democrática e anti-racista.

“A própria estrutura de estado e de sociedade faz com que, mesmo com o auxílio emergencial vindo para atender as camadas mais pobres da população, os mecanismos de burocracia e de regulamentação costumam barrar as pessoas que realmente necessitam, e a gente sabe que essas pessoas são as pretas, pobres e periféricas”, explica Fernanda Ferreira, mulher preta, atriz, arte-educadora e integrante da comissão de representação do Fórum.

O Dia da Consciência Negra é ocasião dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil.
A data também é momento do calendário utilizado pelo movimento negro para refletir sobre as conquistas e o que falta a avançar na equidade racial diante de um complexo tecido social presente no país.

A alusão à data foi criada em 2003 e incluída no calendário escolar, até ser oficialmente instituída em âmbito nacional mediante a Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo feriado em aproximadamente mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro através de decretos estaduais.

Severino Lopes
PB Agora

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