A13ª edição do Festival Audiovisual Comunicurtas UEPB começa nesta quarta-feira (27), em Campina Grande. As atividades acontecem no Cine Teatro São José, localizado no Centro da cidade, e na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O evento segue até o domingo (1º).
A programação conta com exibições de filmes, oficinas, minicursos, mesas de debates, exposições fotográficas, painéis e lançamento de livros e revistas. Além disso, o evento realizará um Fórum Paraibano de Audiovisual coordenado pelos professores Allan Marcus e Kleyton Canuto.
Uma novidade desta edição é a Art Casa Paisá, um novo espaço montado em frente ao Cine Teatro São José, onde serão realizados shows de artistas paraibanos durante as noites do evento. Entre as atrações estão as bandas Candeeiro Natural, Varal de Cabaré e Seu Pereira e Coletivo 401.
Este ano, o festival homenageia o músico e ator paraibano Zé Guilherme, que morreu em maio deste ano, e o cineasta capixaba Penna Filho, que morreu em abril de 2015. O evento conta com a parceria de algumas iniciativas públicas e privadas do estado, além de outras instituições de ensino superior.
Este ano foram selecionados 12 vídeos para a Mostra Estalo; 16 vídeos para a Mostra Brasil; 16 trabalhos para a Mostra Tropeiros; 14 reportagens para a Mostra Tropeiros de Telejornalismo; 13 vídeos para a Mostra Som da Serra; cinco filmes para a Mostra de Longas Metragens e seis para a Mostra Tropiqueers.
O Comunicurtas UEPB 2018 acontecerá entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, no Cine São José e na Central de Integração Acadêmica da UEPB, em Campina Grande. O evento conta com a parceria de algumas iniciativas públicas e privadas do Estado, além de outras Instituições de Ensino Superior. Este ano, a novidade é a Mostra Especial Tropiqueers, que exibirá produções cinematográficas independentes ou de coletivos, com temáticas voltadas às questões de gênero, sexualidade, raça, etnia e origem geográfica, alinhando a produção artística com o fazer político.
Esta edição do festival vai homenagear, in memorian, o músico e ator paraibano Zé Guilherme e o cineasta capixaba Penna Filho. Ex-integrante da banda Cabruêra, Zé Guilherme faleceu em maio deste ano, vítima de infarto. Natural de João Pessoa, ele nasceu em 30 de março de 1963. Era graduado em música e também foi percursionista da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Como ator, era integrante do grupo SerTão Teatro. Seu último trabalho na profissão foi como um personagem do filme “Rebento”, do diretor André Morais. Com a banda Cabruêra, Zé Guilherme gravou os discos “Cabruêra” e “Samba da Minha Terra” e participou de turnês internacionais.
Já o cineasta Penna Filho tem mais de 30 produções em sua filmografia e faleceu em abril de 2015 em decorrência de um câncer de intestino. Natural de Vitória, no Espírito Santo, ainda menino iniciou sua carreira de locutor, ator, repórter, produtor e diretor artístico. Era um dínamo e sua voz serena prenunciava a delicadeza das narrativas que ele construiria ao longo da vida. No início dos anos 70, Penna Filho dirigiu seu próprio filme. Foi quando nasceu “Amores de um cafona”, feito em parceira com Osires Figeroa. O seu solo foi “O diabo tem mil chifres”, que a censura militar considerou imoral e iconoclasta.
Em 1977, Penna entrou para a TV Cultura de São Paulo e ali conseguiu produzir documentários e programas premiados. Nos anos 90 ele voltou para os 35 milímetros, com o filme Naturezas Mortas, ganhador de vários prêmios. Em 2006 realizou um longa sobre a vida do jogador de futebol Ademir da Guia, “Um craque chamado Divino” e em 2009 finalizou outro longa, o Doce de Coco. Os últimos trabalhos do cineasta foram o longa “Das Profundezas”, sobre o trabalho dos mineiros em Criciúma, e tinha começado a rodar em abril o curta-metragem “Esplendidezas”, com direção da filha Fabiana Penna. Foram mais de 50 anos de carreira, boa parte exercida em São Paulo.
Redação
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