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Chegou o outono; Quando as luzes apagaram E as esperanças decaiam!

Chegou o outono; Quando as luzes apagaram

E as esperanças decaiam.

Saber demais era luxo, tal como pouco.

Bastava ter acesso no que foi permitido

E viver o que era certo pelo que diziam.

 

Então, só depois, inverno;

Antes de eu saber como tudo é

O mundo desfeito do conhecimento

E prezo pela fé e por palavra qualquer,

Construído pela ameaça e medo,

Restrito do que pensar e considerar:

Como pássaro em gaiola ao escolher

Entre comer, dormir, pular ou beber.

Então quando chegou a primavera? Quando pude ver o que acontecia

E escrever, sem medo e pecado? Quando desfiz-me da corrente do “certo” e aceitei-me como errado? Quando aceitei minha liberdade -Minha condenação – para ler, Interpretar, registrar e pensar? Expressar ao mundo quem somos? Além da mera gaiola que nos alimentamos?

 

Então faço-me primavera;

Em plenitude do que ser pelo que leio,

Pelo que crio e imagino.

Assim como sinto a brisa das manhãs e alvorada, sem ter ambas.

Saio de todos os lugares sem mover-me

Graças aos que voaram incansavelmente e presentearam-me

Pelo livro e pela chance de ir distante.

Graças aos livros, faço-me de mundos.

 

Joplin Fonseca

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