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Turismo será o setor “da década”, avalia professor da FGV

 Turismo será o setor “da década”, avalia professor da FGV
 

O administrador e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sérgio Bessa, afirmou ao Blog que o setor de Turismo receberá forte demanda nos próximos anos no Brasil. “É sem dúvida o grande setor de crescimento no mundo na próxima década e o Brasil, suportado pelo crescimento econômico e impulsionado pela Copa e Olimpíada, certamente será o ‘país da moda’ neste segmento durante esta década.

Ao fazer um balanço de 2010 Sérgio Bessa afirmou que o ano foi “maravilhoso” para o mercado de trabalho. “Podemos começar com uma pergunta: Quantos amigos seus você sabe que estão desempregados atualmente? Certamente para a grande maioria esta resposta será nenhum, o que já demonstra uma grande diferença com períodos anteriores”, sugere.

Para Bessa, não dá para fugir do mote “crescimento econômico” como principal fator para a geração de empregos recorde e a taxa de desemprego em queda no Brasil. Ele esclarece que a capacidade que o país (governo, empresários e trabalhadores) teve de superar a crise internacional fez com que o consumo interno retomasse rapidamente aos seus números de 2008.

“Isto gerou um interesse dos estrangeiros em colocar mais recursos aqui, abrindo filiais e/ou investindo nas suas unidades já existentes. Isto acaba criando o que chamamos de ‘profecia autorrealizável’, ou seja, os estrangeiros acreditam que devem investir aqui porque o país está crescendo, e o país cresce porque todos acreditam que vai crescer”.

Entre os setores, Serviços e Comércio registraram grande parte das contratações formais durante o ano. De acordo com o administrador, isso pode ser explicado por esses setores estarem na “linha de frente” das necessidades imediatas e também por serem setores que conseguem contratar mais rapidamente e que demandam uma menor especialização da mão de obra.

“Outro segmento que contratou muito, e que vai continuar a fazê-lo em 2011 foi o setor da construção civil, por conta das demandas por projetos de infraestrutura que começam a sair do papel, motivados pelo PAC. O programa “Minha Casa, Minha Vida” também gerou, e vai continuar gerando uma demanda de mão de obra para este setor. Porém, deve-se ressaltar que já existe uma falta de engenheiros para este setor”, lembra Bessa.

O administrador acredita que as perspectivas para 2011 são ainda mais positivas para o mercado de trabalho no Brasil. “O crescimento econômico do país, embora inferior a 2010, deve continuar e os eventos de Copa do Mundo e Olimpíadas que vão demandar altos investimentos em infraestrutura manterão o mercado aquecido”.

Bessa aponta, entretanto, a qualificação profissional como o grande gargalo para atender a essa demanda crescente. “Falo de profissionais em todos os níveis, do básico ao principal executivo da empresa. Embora o governo venha fazendo um grande esforço no sentido de melhorar a qualificação, não se consegue uma resposta a este esforço em prazo curto. É um trabalho que envolve uma geração inteira, uma tarefa estrutural de longo prazo e o crescimento de nossa economia está indo em uma velocidade superior a capacitação das pessoas”, disse ele à reportagem.

 

Blog do Trabalho

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