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Ronaldinho celebra hit com Safadão e quer seguir carreira

 Não foi para um amistoso que Ronaldinho vestiu camiseta branca, seu tradicional gorrinho preto e foi cantar “Solteiro de novo” com Wesley Safadão. O YouTube exibe a marca de 5 milhões de cliques em duas semanas e centenas de comentários engraçadinhos. Mas sua relação com música é mais séria que parece – o dueto vale pontos para novos projetos, como uma música para os atletas paralímpicos.

Além de cantor e percussionista, Ronaldinho é compositor. “Solteiro de novo” não é dele (tem assinatura de Dennis DJ). Mas o gaúcho tem 12 composições já registradas. Algumas já foram lançadas, com e sem sua voz. O maior hit coescrito por ele até agora foi “Vamos beber” (2014), com João Lucas e Marcelo: 23 milhões de views. Outras dele ainda serão reveladas.

Nesta segunda-feira (29), ele lançou a música “Eu sou do mundo, um vencedor”, em apoio aos atletas da Paralimpíada do Rio, em parceria com os cantores Jhama e Pablo Luiz. Clique para ouvir a nova música de Ronaldinho, “Eu sou do mundo, um vencedor”.

E ele não quer ficar só no “featuring” em lançamentos alheios. “Já tenho algumas composições gravadas por grandes grupos do Brasil e muita coisa por acabar, o projeto é ter um trabalho meu ao longo do tempo. Mas sem pressão, estou curtindo muito esse momento”, diz Ronaldinho ao G1.

‘Verdades do cotidiano’

O gaúcho de 36 anos já arrisca uma explicação sobre o seu processo de criação: “A inspiração vem de pessoas e situações que vivemos, simplesmente ouvimos e sentimos. Eu acredito muito em verdades do cotidiano, nas histórias de amigos próximos ou até mesmo uma brincadeira pode virar uma música”.

No futebol, a aposentadoria não foi confirmada, apesar de especulações. Em setembro de 2015 ele rompeu contrato com o Fluminense e desde então está sem clube. Faz apenas ocasionais participações em amistosos. Se assinar com outro time é improvável, aparecer em novas músicas é certo.

Se depender dele, ser citado por MC Bin Laden em “Tá tranquilo, tá favorável” não será sua maior marca no pop nacional. O cadastro de composições do Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad) tem três obras registradas recentemente por Ronaldinho com parceiros e ainda não lançadas. Em 2015, ele gravou o clipe de “Chover para cima” com João Lucas e Marcelo, ainda não divulgado.

‘Parças’ pelo Brasil

A lista de parceiros pelo Brasil é a maior do que a de times em que ele jogou aqui: tem do Ceará (Wesley Safadão), Bahia (Edcity), Rio (Dennis DJ, Jhama, Adriano Ribeiro), Mato Grosso (João Lucas e Marcelo) e Minas (Ederson Melão e outros). Bebida, mulheres e “pegação” são os temas mais comuns nas letras.

Além de “Solteiro de novo” e “Vamos beber”, as maiores vitrines do trabalho de compositor são “Vai na fé”, com Edcity e “Agora perdeu”, gravada pelo grupo Bom Gosto. O clipe mais bem produzido é de “Vem pra mim”, do carioca Trio Ternura, mas ele participa só na composição e como figurante ao lado de mulheres.
Outras menos conhecidas com sua assinatura são “Deixa o relógio andar”, com João Lucas e Marcelo e Dennis DJ, “Não tem jeito”, do cantor Sandrinho, “Favorita”, com o grupo Toda Hora, “Comando”, de Edcity, e “Sai pra lá maluca”, com o grupo Amigos de Fé.

O novo contato com Wesley Safadão pode render mais frutos. “Ele soube que eu estava compondo e começamos a trocar algumas ideias”. A conversa entre os dois incluiu “complementar composições”, diz Ronaldinho.

Rodas da seleção

Outro hit de Ronaldinho na web, este mais antigo, é a cena em que ele toca pandeiro enquanto o xará Ronaldo samba no vestiário da seleção pentacampeã de 2002. “As rodas da seleção eram como as de minha casa. Sempre tem aquele clima descontraído, amigos se divertindo, jogando conversa fora e curtindo uma música.”

“Acredito que o futebol e a música sempre andam juntos. A grande maioria dos jogadores se concentra e chega nos estádios ouvindo um som, é muito difícil de separar”, diz Ronaldinho.

Time de boleiros-cantores

Dos pagodes em ônibus e vestiários às novas aventura mais profissionais, Ronaldinho entra no time de jogadores que se aventuraram na música, que vai de Pelé e Júnior no samba ao goleiro Ronaldo Giovanelli e o americano Alexi Lalas no rock.

Assim como antigos craques, o ídolo da bola e iniciante na música tem que driblar (ou “dibrar”, conforme o meme que ele mesmo espalha) as críticas. “Solteiro de novo” até rende elogios no YouTube, mas também acusações de playback. “Foi tudo feito ao vivo”, garante. “Cantar com o Safadão e uma banda daquelas fica mais fácil”, explica.

 

G1

Foto: divulgação

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