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Recuperação do Acre pode levar 3 anos

Três anos. Esse é o prazo mínimo que a chefe da Casa Civil do Estado, Márcia Regina, diz ter sido dado pela Federação do Comércio (Fecomércio) para que o Acre possa se recuperar dos prejuízos causados pela cheia do Rio Madeira, em Rondônia. O aumento histórico no nível das águas do manancial acabou comprometendo o transporte de cargas e insumos para o estado através da BR-364 provocando uma crise no abastecimento do estado.

“Numa conversa que o governador Tião Viana teve com a Secretaria da Fazenda houve estimativa de perdas em R$ 203 milhões. Hoje nós recebemos um comunicado da Fecomércio que estima um impacto muito forte na economia, pois, somente em março houve uma redução de 75% do ICMS por conta de não ter circulação de mercadoria. Então a Fecomércio estima uma recuperação dessa crise nos próximos três anos, sem falar no impacto que isso deve gerar”, conta.

Com a travessia do Madeira cada vez mais difícil a população acreana encontrou, durante o mês de março, dificuldade para adquirir alguns itens da cesta básica, além de gás e combustível, o que levou alguns motoristas a correrem para os postos de combustíveis para tentar suprir suas necessidades.
Márcia Regina ressalta que o governo está buscando alternativas para garantir que os problemas não tornem a ocorrer.

“Começamos a buscar apoio de importação do Peru, de hortifrutigranjeiros ao trigo. Tudo que o Peru poderia nos fornecer de importação. Tivemos apoio do Ministério da Agricultura, que estabeleceu uma normatização específica para a importação do tomate, que possuía uma restrição. Conseguimos uma liberação da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] para que caminhões brasileiros pudessem ingressar no território peruano e buscar essas mercadorias. Começamos a usar balsas que vieram tanto de Porto velho (RO), como de Manaus (AM) para assegurarmos tanto o abastecimento de gás como de combustíveis”, elenca.

Outra medida para garantir que não falte novamente combustível deve ser a importação do produto do Peru. “O governador com a Presidência da República conseguiram fazer a importação de gasolina do Peru e essa gasolina já está em fase final de trânsito de importação. E vamos começar a carregar a gasolina nesta quinta-feira (3), são cinco milhões de litros a mais que virão. Tudo isso porque estamos passando pelo mais grave acidente ambiental que se tem notícia”, enfatiza.

Uma rota para levar alimentos ao Acre saindo do Paraná passando pela Argentina, Chile e Peru até entrar novamente no Brasil por Assis Brasil (AC) também está prevista. No entanto, o terremoto ocorrido no Chile acabou causando atrasos no cronograma.

 

 

G1

foto G1 Acre

 

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