A CPI da Petrobras tem a primeira reunião marcada para esta quarta-feira (5), para a votação de requerimentos. Instalada depois de muitas disputas entre governo e oposição, a comissão deve ser palco de debates acalorados.
A Petrobras está no centro de denúncias envolvendo supostas irregularidades em repasses de royalties a prefeituras, sonegação fiscal, superfaturamento em contratos de construção de plataformas, entre outros fatos. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) também será alvo das investigações.
O senador João Pedro (PT-AM) é o presidente da comissão, e Marcelo Crivella (PRB-RJ), vice-presidente. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi indicado para ser o relator dos trabalhos.
O último embate sobre a CPI aconteceu em julho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou o tom das críticas contra a criação da comissão. Questionado sobre as declarações da oposição no Senado de que “a CPI pode acabar em pizza temperada com pré-sal”, por ter apenas governistas no comando, respondeu:“Depende. Todos eles são bons pizzaiolos”.
Lula disse também que havia gestos de irresponsabilidade na criação da CPI – segundo ele, as investigações poderiam ser feitas pela Receita Federal ou outros órgãos do governo.
No dia seguinte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciou que um grupo de senadores deu entrada na Mesa Diretora da Casa com um requerimento de voto de censura contra o presidente, repudiando a fala de Lula sobre pizzaiolos.
O requerimento foi protocolado na Mesa Diretora da Casa e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para ter a admissibilidade analisada. Se for aprovado na CCJ, o requerimento retorna ao plenário para ser referendado pelos senadores.
G1