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Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomenda suspensão das festas de fim de ano e Carnaval

Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, já cancelou a festa do Réveillon. Foto: Divulgação/Secom-JP

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste emitiu recomendação, nesta sexta-feira (3), para que os governos estaduais e municípios da região suspensam as festas de fim de ano que gerem aglomeração e o carnaval. O grupo sugere ainda que os gestores se ocupem de intensificar a vacinação com vistas a alcançar, no mais breve espaço de tempo possível, uma maior parcela da população com vacinação completa. “Para isto é importante fazer busca ativa daqueles que ainda não receberam a segunda dose visando completar a imunização”, enfatiza.

A recomendação do Consórcio Nordeste segue no mesmo caminho do que vem acontecendo em vários municípios paraibanos. Um levantamento da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) mostra que 64 gestores municipais desistiram de promover festas de fim de ano. O tema carnaval, no entanto, ainda é tratado com reserva pelos gestores. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), manifestou recentemente a esperança de que seja possível promover a festa. Cidades como Recife, em Pernambuco, e Salvador, na Bahia, também cogitam a suspensão da festividade.

O motivo da preocupação dos membros do comitê tem a ver, também, com o surgimento de novas variantes do Coronavírus. O grupo lembra que os riscos de surgimento de novas cepas são maiores em localidades com baixo índice de vacinação. “E o mais importante é que estas novas variantes podem, não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas, como também evadirem da imunidade produzidas pelas vacinas. Não por acaso, que a identificação recente de uma nova variante na África do Sul, denominada Ômicron, esteja gerando tamanha tensão e expectativas entre políticos, gestores e especialistas”, diz a nota.

Veja as recomendações para estados e municípios

1- Intensificar a vacinação com vistas a alcançar, no mais breve espaço de tempo possível, uma maior parcela da população com vacinação completa. Para isto é importante fazer busca ativa daqueles que ainda não receberam a segunda dose visando completar a imunização. Recomenda-se utilizar a estratégia e a rede da saúde da família do SUS, com os agentes comunitários participando intensamente desta busca e ampliar os locais de vacinação nas cidades em locais de grande circulação de pessoas;

2- Para ampliar o ritmo da vacinação, o C4 recomenda também fazer a aplicação da vacina nas escolas, para atingir a maior cobertura de vacinação com a primeira e a segunda dose nos adolescentes. E quando possível, fazer a utilização volante de viaturas como o carro da vacina, em analogia com o carro do ovo nas cidades, em que se utiliza serviço de som, como já é feito em algumas cidades. Também é importante fazer ampla divulgação nas mídias em campanhas para convocar a população sobre a necessidade de completar a vacinação com duas doses e sobre a dose de reforço para a população idosa;

3- Manter o uso obrigatório de máscaras faciais e outras medidas de proteção individual e coletiva, como a exigência do passaporte de vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol, etc;

4- Utilizar o capital político de governadores e outros atores políticos para estimular a solidariedade internacional com vistas a desenvolver mecanismos que ampliem a vacinação globalmente, em especial nos países africanos;

5- Identificar todas as possíveis barreiras que vêm dificultando a expansão da cobertura vacinal na população (operacionais, hesitação vacinal, etc.) e implementar os mecanismos para superá-las;

6- Cancelar a realização das festividades de final do ano e do Carnaval que possam gerar aglomerações, pois estas intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em nova onda da pandemia.

Blog do Suetoni

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