A Paraíba o tempo todo  |

CHAPECOENSE: piloto omitiu motores parados ao pedir permissão para aterrizar

O avião da Lamia que caiu levando a delegação do time de futebol Chapecoense no dia 28 de novembro, deixando 71 mortos, viajou com o combustível no limite e com excesso de peso, revelou nesta segunda-feira (26) a Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil), em um relatório preliminar sobre o acidente.

Segundo o secretário de Segurança Aérea da entidade, coronel Fredy Bonilla, as gravações da cabine de comando mostram que o piloto e o copiloto conversaram sobre a possibilidade de fazer escala em Leticia (Colômbia) ou em Bogotá “porque o avião se encontrava no limite de combustivel”, mas acabaram não fazendo isso.

“Eles estavam conscientes de que o combustível que tinham não era adequado nem era suficiente”, afirmou Bonilla, acrescentando que durante o voo o piloto, Miguel Quiroga, “decidiu parar em Bogotá, mas mais adiante mudou de ideia e foi direto para Rionegro.”

Além da falta de combustível, a investigação descobriu que o avião da Lamia levava um peso maior do que o permitido: 500 kg a mais do que o máximo. Mas, segundo Bonilla, “esse achado não é um fator prioritário para o acidente em si”.

A maioria das gravações de áudio apresentadas em Bogotá foram extraídas das caixas pretas que foram examinadas em Londres pelos fabricantes do aparelho, de modelo RJ85, especificou Bonilla.

Segundo a investigação, no plano de voo apresentado pelo piloto no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), a autonomia da aeronave era de quatro horas e 22 minutos, exatamente igual ao tempo do voo, quando deveria ter combustível para um percurso mais longo. “Devia ter uma hora e 30 minutos mais [de combustível] do que o tempo de voo”, disse Bonilla.

O avião devia ter também um segundo aeroporto alternativo em seu plano de voo, mas só registrou o de Bogotá, segundo a investigação.

Outra irregularidade encontrada é que o avião supostamente não estava certificado para voar acima de 29 mil pés, e no plano de voo apresentado à Bolívia foi anotado que voaria a 30 mil pés. A aprovação desse plano de voo, portanto, não foi correta, afirmou Bonilla.

 

G1

 

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe