O Codefat (Conselho Deliberativo do FAT) aprovou na reunião desta terça-feira (28), a criação de uma linha de crédito para taxistas comprarem carros novos. Ao todo, serão liberados R$ 200 milhões, e as condições incluem prazo de cinco anos para o pagamento. O teto de cada financiamento será de R$ 60 mil, com até 90% do valor do carro podendo ser concedido.
Os juros anuais serão compostos pela TJLP (hoje em 6% ao ano) mais 4%. A linha será operada pelo Banco do Brasil e, possivelmente, também pela Caixa Econômica Federal.
Os recursos para a linha de crédito virão do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Pescador
Também foi aprovada hoje a concessão de seguro-desemprego para 7.500 pescadores do rio Uruguai, no Sul do país.
O auxílio busca minimizar efeitos da proibição da pesca local por dois meses, por parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Cada pescador vai receber um salário mínimo por mês. Estão previstos R$ 7 milhões, oriundos do FAT.
Eleição
Representantes dos setores empregadores anunciaram a saída do Codefat por divergências na eleição para a presidência do conselho realizada hoje. Em nota, os representantes da indústria, comércio, bancos e agropecuária acusaram o Ministério do Trabalho de interferir na escolha.
As entidades patronais reclamam do apoio do ministério à CNS (Confederação Nacional de Serviços), uma entidade reconhecida no final do ano passado e que só entrou no conselho em abril deste ano, por decisão do governo.
As quatro grandes confederações que abandonaram o Codefat faziam parte do conselho desde a sua criação, em 1990.
Em resposta à nota, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que não “trabalhou para eleger ninguém” e que aqueles que abandonarem o conselho serão substituídos conforme determina a lei.
As entidades que se retiraram hoje são CNI (indústria), CNC (comércio) CNA (agropecuário) e Consif (bancos).
O eleito foi Luigi Nesse, presidente da CNS, por 12 votos a favor e duas abstenções.
Folha